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Centro Acadêmico de Educação da USP vai realizar festival contra a PEC

A atual gestão do Centro Acadêmico Professor Paulo Freire da Faculdade de Educação da USP, vai realizar na próxima sexta-feira uma festa denominada ContraPEC: festival não-autorizado

segunda-feira 5 de dezembro de 2016 | Edição do dia

A atual gestão do Centro Acadêmico Professor Paulo Freire da Faculdade de Educação da USP, vai realizar na próxima sexta-feira uma festa denominada ContraPEC: festival não-autorizado. Segundo o diretor do CAPPF Willian Garcia, “A ideia de organizar o festival partiu da necessidade que víamos de fazer alguma coisa desde nossa faculdade contra esse grande ataque que é a PEC 55. A votação da PEC no dia 29 foi uma verdadeira afronta aos direitos dos trabalhadores e da juventude, enquanto o país estava em luto pela tragédia que atingiu o avião da chapaecoense, os políticos corruptos e golpistas votavam um grande ataques aos nosso direitos, tudo na base de bombas e muita repressão aos manifestantes do lado de fora do planalto”.

O evento contará com a presença de diversos convidados para fazer sua música, em meio a um cenário de repressão às festas que os estudantes organizam dentro da universidade, os estudantes pretendem subverter a imposição da reitoria e dialogar com as centenas de jovens que se indignam frente ao avanço na retirada dos nosso direitos no país. Conforme explica Mariana Vilas Boas, também diretora do Centro Acadêmico, “Vemos esses espaços culturais e artísticos como uma importante forma de manifestação dos estudantes e da juventude. A ideia de realizar esse festival partiu principalmente da necessidade que sentimos de fazer alguma coisa juntamente com os estudantes de dentro e fora da universidade. Por esse motivo queremos construir esse festival juntamente com os estudantes do nosso curso de pedagogia e das licenciaturas aqui na faculdade, mas também com todos aqueles que estão de fora da universidade, queremos dialogar não só com a juventude mas também com os trabalhadores, a respeito de quais são os efeitos dessa PEC."

Segundo Odete Cristina, diretora do CAPPF “Sabemos que só é possível barrarmos um ataque desse tamanho através de um profunda aliança e mobilização da juventude e da classe trabalhadora. Mas vemos essa festa como uma importante iniciativa desde o local onde estudamos para apontar essa necessidade e para que as centenas de jovens indignados com a PEC possam ter um local para dar vazão a esse sentimento, construindo junto conosco esse festival que pretende ser também um ato político dentro da maior universidade do país. Queremos expressar nossa resistência nas ruas, na arte, nas salas de aula. Fazemos um chamado para que as direções da UNE, Ubes rompam com sua paralisia de anos e busquem juntamente com os diversos DCEs e Centro Acadêmicos existentes em todos o país, organizar a resistência pela base dos estudantes, unificando as diversas ocupações por meio de um comando, organizando festivais, debates e diversas outras medidas que possam dar vazão ao sentimento da necessidade de resistir aos ataques que hoje perpassa diversos jovens pelo país”.

Para terminar Willian Garcia também declara, “Nós da Juventude Faísca que somos parte da gestão do CAPPF juntamente com diversos estudantes independentes, buscamos construir as mais diversas iniciativas para promover o debate e o diálogo com os estudantes dos cursos que estamos. É desde esse ponto de vista que nos propusemos a construir esse festival em resistência aos ataques dos golpistas, mas também a tentativa da reitoria de coibir os espaços de lazer e cultura dos estudantes dentro da universidade. Fazemos um convite para todos os estudantes que também sentem essa necessidade que venham construir essa iniciativa conosco. Além disso, desde a Faísca queremos dialogar com todos aqueles que veem a necessidade darmos uma resposta mais de fundo em combate aos ataques dos golpistas, de que pra nós essa resposta passa por se organizar e por meio da força da nossa mobilização um Assembleia Constituinte livre e soberana, onde as discussões sobre os rumos do país, sobre os investimentos a serem feitos, e sobre tantos outros temas que nos tocam diretamente, estejam em nossas mãos, nas mãos dos trabalhadores e da juventude e não desses políticos corruptos”.

Para mais informações acompanhe o evento do Facebook: https://www.facebook.com/events/714297228720120/




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