Os servidores federais estão em greve em mais de 60 universidades no Brasil. Ontem, 04/04, mais de 700 servidores de distintos setores do funcionalismo público federal, UFRJ, UFF, UFRRJ e CPII, com o protagonismo do Técnicos Administrativos em Educação(TAEs) das universidades federais, fizeram um forte ato no centro do Rio de Janeiro para exigir o reajuste salarial.
quinta-feira 4 de abril | Edição do dia
Os servidores federais estão em greve em mais de 60 universidades no Brasil. Ontem, 04/04, mais de 700 servidores de distintos setores do funcionalismo público federal, UFRJ, UFF, UFRRJ e CPII, com o protagonismo do Técnicos Administrativos em Educação(TAEs) das universidades federais, fizeram um forte ato no centro do Rio de Janeiro para exigir o reajuste salarial.
O Governo Lula-Alckmin vem sendo linha dura ao propor aos servidores um reajuste salarial muito abaixo do necessário frente às perdas salariais que vão se dando na categoria desde 2015. O governo mantém 0% para o ano de 2024 e 9% dividido entre 2024 e 2025. Enquanto isso, a Polícia Rodoviária Federal recebeu um aumento de 48%. Ou seja, para os trabalhadores que fazem as Universidades e as instituições de ensino funcionarem cotidianamente, o Governo de Frente Ampla só oferece migalhas, mas oferece aumento para a polícia que assassinou Genivaldo em uma câmara de gás improvisada e que assassina a juventude negra.
O ato se concentrou na Candelária, no centro do Rio, e andou até a Cinelândia, com delegações dos servidores em greve da UFF, UNIRIO, UFRJ, Colégio Pedro II, UFRRJ, além de outras categorias do funcionalismo federal. Os fortes blocos do Sintufrj e do Sindscope, ambos com mais de 100 servidores, chegaram com uma forte agitação com músicas críticas à postura do Governo, que tem dinheiro para banqueiro e o centrão mas não tem para a educação. Além de faixas e cartazes contra o Novo Ensino Médio. O Sintuff, além de ter feito um ato pela manhã no Hospital Universitário Antônio Pedro, também marcou presença no ato unificado no Centro do Rio de Janeiro.
Pode te interessar: As greves na educação mostram o caminho: abaixo o ajuste fiscal, o PL da Uberização e o NEM
A greve dos servidores das universidades e institutos federais se enfrenta diretamente com as consequências do Arcabouço Fiscal, o novo teto de gastos levado adiante por Haddad com apoio de toda a direita golpista de 2016. Na vida da classe trabalhadora e da juventude, este ataque neoliberal do PT se combina com a manutenção das reformas anti-operárias, como o Novo Ensino Médio, a Reforma Trabalhista, da Previdência e a Terceirização Irrestrita.
Este ato foi uma forte demonstração de que os comandos de greves podem pensar ações mais contundentes como mais atos de rua para fortalecer a greve. Docentes, assim como os estudantes, estão debatendo em uma série de Universidades sobre a possibilidade de aderir a greve, o que a tornaria ainda mais potente. Queremos colocar o Esquerda Diário à serviço da luta dos servidores por reajuste salarial, e também dos docentes e estudantes na luta pela recomposição do orçamento das universidades e pela ampliação dos auxílios e das bolsas, garantindo uma permanência plena paraa demanda. Por isso, se tiver denúncias das condições de trabalho ou estudo na sua Universidade ou Instituição Federal, envie para (21) 98786-6335 [Miguel]. O anonimato das denúncias será 100% garantido para evitar represálias.
