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UFPB PARAÍBA | Centenário da Revolução Russa e da Primeira Greve Geral no Brasil

terça-feira 2 de maio de 2017 | Edição do dia

Desde Esquerda Diário participaremos de uma mesa debate: “Centenário da Revolução Russa e a Primeira Greve Geral no Brasil: Balanços e Perspectivas” na Universidade Federal de Paraíba (UFPB) na cidade de João Pessoa organizada pelo Coletivo representativo dos Docentes em Luta (CORDEL)

O professor de Ciência Política da UFCG, prof. Dr. Gonzalo Rojas participará, como Esquerda Diário, na terça-feira 02 de maio ás 18;30 h no Auditório 411 do Centro de Ciências Humanas Letras e Artes (CCHLA) da mencionada universidade, juntamente com o Professor de História Thiago Bernardon do CCHLA da UFPB e com Luciano Barbosa Diretor do SEPE-RJ e do Coletivo Luta Educadora. A atividade é pública e gratuita e não precisa inscrição com antecedência.

Em sua intervenção Gonzalo Rojas fará um balanço político do processo da Revolução Russa e seus desdobramentos destacando vários pontos importantes como:

— Que a Revolução Russa foi uma revolução social e não um golpe de estado;

  •  Vinculado ao ponto anterior, rejeitara a afirmação que os bolcheviques abortaram uma situação na qual havia um processo de desenvolvimento da democracia burguesa na Rússia;
  •  Defenderá que os sovietes não eram meramente instrumentais para os bolcheviques, senão que eles não os fetichizavam e estavam preocupados pela participação política das massas dos explorados, assim como que o regime de partido único não era um dos objetivos da revolução;

    Apresentará também a atualidade da estratégia revolucionária bolchevique, argumentando que a estratégia da tomada do poder pela classe operária e a ditadura do proletariado não é anacrónica, se delimitando de outras estratégias como a guerra popular prolongada maoísta na China, o foquismo como interpretação oficial da revolução cubana teorizada por Regis Debrais e a tática, mas convertida em estratégia por Kautsky conhecida como “estratégia de desgaste” no campo do marxismo, também se delimitando politicamente de outras correntes emancipatórias como os autonomistas teorizado por Antonio Negri ou o anarquismo que negam da luta política;

  •  Também explicará que o stalinismo foi uma contrarrevolução burocrática e não o caminho único e necessário que estava marcado desde a gênesis da revolução; e por fim, finalizará sua fala destacando o papel exercido pela Oposição de Esquerda, a Oposição de Esquerda Internacional, a IV Internacional e Leon Trotsky para manter o legado do bolchevismo.

    Foi com a Revolução Russa, a maior que o mundo já viu, que há 100 anos que pela primeira vez, a classe trabalhadora tomou o poder do Estado para si, onde operários, camponeses e o povo pobre em geral instituíram um governo dos trabalhadores. Na data do seu centenário é importante, fazer um balanço crítico de todo o processo e principalmente tirar lições desse feito, um fenômeno político que deve ser estudado e analisado a sério, como afirma Leon Trotsky na suas Lições de Outubro, principalmente do ponto de vista da estratégia, e que deve ser acessível para os trabalhadores, as mulheres e a juventude.

    Uma das lições mais importantes da Revolução Russa para todos os trabalhadores do mundo é a necessidade de construir um partido de trabalhadores que seja independente do governo, do Estado e dos patrões e principalmente anticapitalista. Dessa forma, precisamos compreendê-la para então poder construir estratégias de luta dos trabalhadores juntamente com a juventude para desse modo garantir uma luta efetiva contra o capitalismo e sua superação, por isso se faz necessário sempre retomar as importantíssimas contribuições e o exemplo de luta dos que fizeram a Revolução Russa, para a partir de práxis revolucionárias construir uma sociedade nova sem explorados, nem opressores.

    Consideramos uma excelente oportunidade para discutir o legado da Revolução Russa e primeira Greve Geral no Brasil, por mais que a burguesia, com seus historiadores e meios de comunicação tentem suprimi-lo. Pretendemos difundir uma visão ofensiva do marxismo, criticando a burocracia stalinista e defendendo o legado da tradição bolchevique, através da oposição de esquerda e o trotskismo, trazendo para a análise do cenário político atual e de como intervir na luta de classes.

    Um debate mais que necessário em tempos de ataque aos direitos dos trabalhadores, das mulheres e a juventude a nível mundial e em momentos que no Brasil depois da poderosa greve geral do 28A está colocada a necessidade de construir pela base uma greve geral até derrubar a Temer e suas reformas e impor uma nova constituinte transicional para que os capitalistas paguem pela crise.




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