segunda-feira 20 de abril de 2020 | Edição do dia
A foto registra o momento em que moradores da favela do Vidigal jogam ovos e objetos em carros da passeata bolsonarista que exigia fim do isolamento social, e policial militar defende a carreata atirando contra os moradores da favela.
"Um policial aponta uma arma em direção a casas da favela do Vidigal que jogavam ovos e objetos em carros que participavam de carreata pró-Bolsonaro e a favor da reabertura do comércio durante a pandemia do Covid-19 no Rio" (Foto e legenda por Lucas Landau). pic.twitter.com/Drvss3SLFx
— David Nemer (@DavidNemer) April 19, 2020
Outros atos também foram convocados, o maior, na frente do Quartel-General do exército em Brasília, Bolsonaro incitou sua base que pedia fechamento do Congresso, do STF e novo AI-5. Bolsonaro subiu encima de uma caminhonete, discursou a favor da manifestação grotesca, e inclusive apertou cumprimentou com extremo prazer um policial militar antes de sua fala.
A Polícia Militar continua sendo um setor fundamental da base do núcleo duro bolsonarista. Como já conhecida corporação racista e genocida, que acoberta inúmeras mortes de jovens e trabalhadores, principalmente negros, é movida por operações que realizam verdadeiras chacinas diárias em maior medida nas periferias de São Paulo e do Rio de Janeiro. Não é de se espantar a desprezível atitude deste policial contra os moradores do Vidigal, que rechaçaram veementemente as passeatas pedindo o fim do isolamento social, demonstrando conscientes de que isso vai afetar brutalmente os mais pobres, e indo contra os reacionários bolsonaristas que convocaram estes encontros no último domingo.
Além de não esquecermos que João Dória e Wilson Witzel, mostrados como governadores “racionais” imprensa, são os principais investidores de ações da PM e fortalecimento da instituição. Como pode-se ver o sadismo de Witzel fazendo operações em plena quarentena enquanto faltam insumos e leitos nos hospitais do RJ, ou a Tropa de Choque de Dória que combateu com bomba de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e muita violência física os professores que se manifestaram contra a Reforma da Previdência na ALESP. Repudiamos absolutamente a existência da polícia militar, reacionária, servidora e aparato do estado burguês, utilizada para massacrar a classe trabalhadora.
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