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BOLSONARO COM COVID | Carlos pede solidariedade ao pai, o mesmo que já disse "e daí" aos familiares das vítimas

Em sua conta do twitter, o filho do presidente diz que quem não está prestando solidariedade ao presidente é desumano. Confira os momentos em que o Bolsonaro demonstrou descaso com a vida da população.

quarta-feira 8 de julho de 2020 | Edição do dia

Imagem: Correio

A hashtag “força covid” viralizou nas redes sociais após Bolsonaro começar a apresentar sintomas no dia de ontem, sendo alvo de críticas do filho do presidente. A hashtag é compreensível visto que o mesmo presidente, quando foi questionado sobre o número de mortes já ultrapassar os da China, disse “e daí?” e “não faço milagres” enquanto atirava a população para o vírus sendo contra o fechamento do comércio, os testes massivos, dando uma miséria de Auxílio Emergencial e ainda sancionando leis que possibilitam demissões e a diminuição do salário dos trabalhadores.

Bolsonaro desde o início da pandemia vinha em uma linha negacionista comparando o coronavírus a uma “gripezinha” e a um “resfriado”, dizendo que não era necessário fechar escolas e comércios, pois os únicos que seriam afetados seriam os idosos, além de dizer que o coronavírus é uma “fantasia” da grande mídia, que era uma “histeria” e que “está sendo superdimensionado o poder destruidor desse vírus”. Não bastasse isso, no dia 22 de março chegou a afirmar que o número de mortes não ultrapassaria o número de mortes do surto de H1N1 em 2019, que foram em torno de 800.

Nós sabemos que Bolsonaro faz essas declarações negacionistas porque governa para os empresários e deseja manter o lucro deles, sem o fechamento de comércios, a diminuição de passageiros nos transportes, etc, mesmo que isso custe a vida de dezenas de milhares de pessoas, que ainda está aumentando em níveis absurdos. Em 21 de março, no Programa do Ratinho, chegou a dizer que vão morrer alguns mas que “criar esse clima” prejudica a economia.

O governo federal despejou rios de dinheiros para os banqueiros e empresário, chegando a ser três vezes mais o que gastou com os trabalhadores durante a pandemia. Só com os empresários, já gastou até o final de abril 245,1 bilhões de reais, com os banqueiros, o valor foi de 263,5 bilhões de reais, sendo que pode chegar a 1,274 trilhões até o fim do ano. Enquanto isso, para os trabalhadores, Bolsonaro disse que ia pagar apenas 200 reais de Auxílio Emergencial por mês, o que através de disputas políticas, subiu para 600 reais durante três meses, o que não é nem o mínimo que os trabalhadores que tiveram sua renda afetada precisam para pagar suas contas e ter uma vida digna em meio a pandemia, e que também está sendo pago de forma parcelada, jogando os trabalhadores à fome e à miséria. Nos próximos meses o presidente deseja diminuir o valor do auxílio.

Além das medidas de injeção de dinheiro para os capitalistas, o governo implementou diversas medidas que permitem que sejam os trabalhadores que paguem pela crise e que os capitalistas sigam lucrando, como a MP 936 que permite que o salário dos trabalhadores seja cortado junto com a sua jornada de trabalho, além da suspensão de contratos e retirada de direitos. Tudo isso com o comércio aberto na maioria das cidades, enquanto o que deveria estar sendo feito é a proibição de demissões, auxílio digno na pandemia e licença remunerada a todos os serviços não essenciais, para preservar as vidas e não os capitalistas que lucram todos os anos em cima da exploração dos trabalhadores.

Porque os trabalhadores deveriam ter solidariedade com a vida de uma pessoa que está indiretamente matando a vida de milhares de pessoas e jogando outras milhares à fome?

Nós precisamos lutar pela nossa autoorganização para pôr fim a esse governo e nós mesmos fazermos as medidas necessárias de combate à pandemia, começando com a criação de comitês de saúde em cada local de trabalho para os trabalhadores decidirem tudo que diz respeito a saúde dos trabalhadores e imporem através da mobilização aos patrões. Precisamos de uma grande mobilização para lutar por Fora Bolsonaro, Mourão e todo esse governo que, junto do congresso e do STF descarregam em nossas costas a crise. Precisamos lutar para mudar as regras do jogo, precisamos lutar por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana para pôr ao chão esse regime golpista e para que sejam os trabalhadores que debatam os rumos do país.

Confira abaixo, com as palavras do próprio Bolsonaro, 8 vezes que ele se mostrou negacionista e minimizou as consequências da pandemia:




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