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8 DE MARÇO | Capitais do país são ocupadas por dezenas de milhares de mulheres contra o machismo e os ataques de Bolsonaro

Dezenas de milhares de mulheres em SP, em BH, em Porto Alegre, no Rio de Janeiro, em Recife, em Fortaleza, e outras cidades marcharam no 8M. O Grupo de Mulheres Pão e Rosas, assim como fez em diversos países do mundo, marchou em distintas capitais e cidades do Brasil contra Bolsonaro, aliado de Trump na ofensiva imperialista na Venezuela, por justiça por Marielle e contra a Reforma da Previdência.

sexta-feira 8 de março de 2019 | Edição do dia

Neste 8 de março as mulheres demonstraram na rua que há força para enfrentar a extrema direita e seu projeto de ajustes sobre as costas das trabalhadoras e trabalhadores.

Dezenas de milhares de mulheres em SP, em BH, em Porto Alegre, no Rio de Janeiro, em Recife, em Fortaleza, e outras cidades marcharam no 8M contra o machismo, o patriarcado capitalista e os ataques de Bolsonaro, como a reforma da Previdência. Em diversos países do mundo as mulheres paralisaram as capitais para protestar contra os efeitos da crise mundial e a opressão de gênero.

O Grupo de Mulheres Pão e Rosas, assim como fez em diversos países do mundo, marchou em distintas capitais e cidades do Brasil contra Bolsonaro, aliado de Trump na ofensiva imperialista na Venezuela, por justiça por Marielle e contra a Reforma da Previdência.

Veja aqui: 8 de Março: a luta das mulheres percorre pelo mundo

Em São Paulo foram mais de 10 mil mulheres que marcharam contra Bolsonaro e sua reforma da previdência e exigindo justiça por Marielle. Estiveram presentes organizações sindicais e da esquerda e distintos coletivos.

O Pão e Rosas marchou com uma coluna de centenas de jovens e trabalhadoras na capital paulista, com seu bloco e bandeiras sendo retratados pela Folha de S. Paulo e o UOL.

Maíra Machado, professora da rede pública de ensino de São Paulo e do Grupo de Mulhares Pão e Rosas, falou direto da marcha do 8M na Avenida Paulista, repudiando a intervenção imperialista dos EUA na Venezuela, que busca agravar a situação catastrófica das mulheres trabalhadoras venezuelanas sob a política autoritária de Maduro, e definiu que "Para derrotar os ataques de Bolsonaro, não podemos fazer como quer o PT, cruzando os braços e esperando até 2022 com sua estratégia parlamentar impotente. Temos de ir às ruas, às greves e mobilizações, para opor uma poderosa resistência e derrotar os ataques do governo, como os franceses estão fazendo, com as mulheres à frente"

Em Porto Alegre a mobilização contou com mais de 5 mil pessoas que mesmo sob uma forte chuva seguiram demonstrando sua força. O Pão e Rosas esteve presente na marcha:

Em Chapecó também houve manifestação.

No Rio de Janeiro, a mobilização que partiu da Candelária contou com mais de 6 mil manifestantes. O Pão e Rosas marcou presença defendendo verdade e justiça para Marielle e a exigência para que as centrais sindicais, em primeiro lugar a CUT e a CTB, organizem seriamente um plano de luta para enfrentar os ataques de Bolsonaro.

Também houveram manifestações em Fortaleza, em Itabuna (BA) e na região do Xingu:

Em Belo Horizonte cerca de 3000 pessoas se reuniram no ato das mulheres no centro da cidade. Duas concentrações em locais diferentes se encontraram na Praça Sete e desceram até a Praça da Estação. O ato repudiou o crime da Vale em Brumadinho, denunciou a proposta de Reforma da Previdência de Bolsonaro e perguntou "quem mandou matar Marielle Franco?".

Em Campinas, o ato realizado no centro da cidade reuniu mais de 1,5 mil pessoas, também com a participação do Pão e Rosas.

Nós do Pão e Rosas, Esquerda Diário e MRT - Movimento Revolucionário de Trabalhadores - , colocamos que não podemos fazer como propõe o PT que é focar suas forças na perspectiva eleitoral para 2022, enquanto estamos sendo atacadas nos dias de hoje.

Derrotar os ataques de Bolsonaro, Damares, Joice Hasselmann não pode significar retornar ao projeto de país do PT, que rifou os direitos das mulheres, como o direito ao aborto, durante 13 anos.

Veja aqui: Neste 8 de março, PT e CUT permanecem paralisados ante os ataques de Bolsonaro

Isso porque seu projeto político é de administrar o capitalismo neoliberal em decadência, preservando as bases semicoloniais e dependentes do país, em confluência com as Igrejas e a direita que foi artífice do golpe institucional.

Precisamos construir nossa força independente, com as mulheres trabalhadoras junto com os homens, numa organização que tenha como norte uma estratégia para destruir o capitalismo: somos feministas socialistas revolucionárias.

Contra Bolsonaro, aliado de Trump na ofensiva imperialista na Venezuela, por justiça por Marielle e contra a Reforma da Previdência. Para enfrentar o governo Bolsonaro, é preciso construir um feminismo socialista, anti-imperialista, anti-racista, da classe trabalhadora e pela diversidade sexual.




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