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CONTAGEM / MINAS GERAIS | Candidatura anticapitalista em Contagem é a mais votada da esquerda

Flavia ValleProfessora, Minas Gerais

quinta-feira 20 de outubro de 2016 | Edição do dia

Apesar dos partidos da direita golpista e contrária aos direitos dos trabalhadores e da população ter saído fortalecida nas eleições também em Contagem e em Belo Horizonte, com verdadeiros magnatas milionários como Vittorio Mediolli em Betim ganhando no primeiro turno; em Contagem um empresário do partido golpista do PSDB chegando ao segundo turno; e outros dois empresários na disputa do segundo turno em BH, a esquerda teve uma votação expressiva na região metropolitana.

E essa votação expressa um espaço aberto pelo grande derrotado nas eleições que foi o PT que sente em votos o fato de ter sido até agora, junto ao PCdoB de Carlin Moura, os dois partidos que se mostraram incapazes de lutar contra o golpe. Enquanto a direita tenda hegemonizar esse espaço, há vias da esquerda conquistar uma ampla força anticapitalista capaz de enfrentar os ataques da direita superando os obstáculos criados pelo PT e seus aliados.

O PSOL em Belo Horizonte teve a candidatura mais votada da cidade, elegendo duas vereadoras para a Câmara. Em Contagem, esse partido alcançou 2% dos votos na disputa para a prefeitura e a minha candidatura do MRT, lançada pela legenda do PSOL, foi a mais votada de toda esquerda na cidade, com 693 votos.

Nossa campanha do MRT foi impulsionada por um lema e uma força militante anticapitalista, que queremos transformar cada vez mais em força real contra os ajustes que os empresários junto aos partidos da ordem impõe contra os trabalhadores e contra a juventude. Quando dissemos na campanha “que todo político ganhe o mesmo salário de uma professora”, tínhamos também o objetivo de denunciar todos os privilégios dos políticos e dos corruptos que servem aos interesses dos empresários enquanto a população segue sendo a que mais sofre com os impactos negativos da crise.

Chamamos todos que fizeram parte da campanha a seguir construindo essa força anticapitalista após as eleições nas escolas, fábricas, bairros, tornando-se colaboradores do Esquerda Diário e construindo na base a luta contra a PEC 241 que retira ainda mais investimentos da educação da e saúde, assim como a luta contra a medida provisória que reformula o ensino médio que acaba com a educação pública, exigindo da CUT, CTB UNE, UBES, UMES a organização de um verdadeiro plano de lutas e assembleias contra os ataques da direita golpista e que tenhamos os estudantes do Paraná como exemplo.

E diremos alto, para fazer essas 693 vozes anticapitalistas multiplicarem-se após as eleições: se eles querem tirar nosso futuro, tiremos as fortunas deles! Pela taxação das grandes fortunas, começando pela do magnata Mediolli, Aécio Neves e Kalil.




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