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ELEIÇÕES | Candidato a prefeito em Goiás é assassinado durante carreata: o perfil mais degradado das eleições

quinta-feira 29 de setembro de 2016 | Edição do dia

Nesta quarta-feira (28), durante carreata em Itumbiara, Goiás, homem atirou no candidato a prefeito José Gomes (PTB), no vice-governador Zé Elinton (PSDB), no policial militar Vanilson Pereira e no advogado da prefeitura Celio Rezende. José Gomes e Vanilson morreram, assim como o atirador, Gilberto Ferreira do Amaral, baleado pela polícia. Zé Elinton e Celio estão na UTI, sem risco de vida.
De acordo com a assessoria de imprensa do Governo de Goiás, o atirador efetuou os disparos em frente ao veículo em que Elinton, governador em exercício devido à viagem de Marconi Perillo (PSDB), e Zé Gomes estavam.

Eliton, baleado no abdômen, foi levado para o Hospital Municipal Modesto de Carvalho, em Itumbiara, e, junto com o advogado Celio, foram transferidos por uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea para Goiânia. Foram encaminhados, em torno das 22h, para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), no qual permanecem internados, sem risco de vida.

Enquanto o atual governador Perillo não retorna a Goiás, Hélio de Sousa (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa, passa a ser o governador em exercício.

A Executiva do PSDB divulgou nota lamentando o assassinato de José Gomes da Rocha, que liderava as pesquisas em Itumbiara, e Vanilson, agente da polícia.
Também a assessoria do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável pelas eleições municipais deste ano, Gilmar Mendes, informou seu repúdio ao atentado em Itumbiara e reforçou que, no início do mês, solicitou ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, investigações da Polícia Federal em todos os casos de assassinatos de candidatos nessas eleições.

A declaração de Gilmar Mendes expressa o fato de que o atentado em Goiás não é um caso isolado. Também nesta madrugada, em Buriti Alegre, Goiás, a casa do prefeito Marco Aurélio Naves (PSDB) foi alvejada. Fora isso, segundo nota do Uol, ao menos seis candidatos foram assassinados durante período em campanha, em estados como Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Paraná e Bahia.

Esses casos expressam o que é o teatro da democracia dos ricos no Brasil e até onde vai o jogo dos políticos burgueses para se manterem no poder. O clientelismo, a compra de votos e o coronelismo ainda são métodos muito utilizados nesse show do regime que quer se provar democrático a cada quatro anos. Não são um problema do interior do Brasil, mas sim um retrato das relações corruptas de que se valem os políticos cheios de privilégios para fazer valer seus interesses nas eleições – ligando-se a empresas, muitas vezes ao tráfico, e sendo incapazes de expressar a vontade da população. Os assassinatos revelam o ponto a que chegam esse jogo de interesses nas politicagens das campanhas, nas quais a metáfora do governo como um balcão de negócios alheios aos trabalhadores fica mais nítida do que nunca.

Por isso, nessas eleições, estamos lançando candidaturas a vereador que se enfrentam com os privilégios desses políticos que governam para os próprios interesses, enriquecer. A campanha “que todo político ganhe igual a um professor”, que nossos candidatos levam em São Paulo, com Diana Assunção, em Campinas, com Danilo Magrão, em Santo André, com Maíra Machado, em Contagem, com Flávia Valle e no Rio de Janeiro, com Carolina Cacau, quer acabar com os altos salários e os infinitos privilégios desses políticos que querem se manter no poder a qualquer custo, como parte de um regime capitalista podre que seve a um sistema que explora e oprime a maioria da população.




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