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SAÚDE PÚBLICA | Campanha: Pela reabertura imediata de todos os postos de saúde fechados em Santo André!

A gestão Paulo Serra enfrenta uma importante crise política. Os serviços à população estão deploráveis na cidade, assim como no conjunto da região do ABC, que vem sofrendo muito com a crise econômica, em especial com índice de desemprego acima da média nacional. Mas o estopim da crise foi o fechamento de cerca de 7 unidades de saúde, de uma única vez, do total de 34, o que significa cerca de 20% de todo atendimento da saúde da cidade.

terça-feira 5 de setembro de 2017 | Edição do dia

Este fechamento que prevê atingir diretamente 2 mil munícipes, também significou a demissão de centenas de trabalhadores destas unidades e a superlotação das demais, provocando uma sobrecarga de trabalho para os funcionários e mais precarização para os usuários.

O prefeito de Santo André entusiasta do golpe institucional e das reformas contra os trabalhadores, vende a ideia de reformas e modernização com seu projeto “Qualisaúde”, mas ao seguir a cartilha do presidente golpista Michel Temer, que significa corte gerais de gastos, representado por excelência na PEC 241 que congela em 20 anos o teto de investimento do orçamento com saúde e educação, podemos entender melhor seu projeto de desmonte do SUS abrindo espaço para as privatizações.

As disputas na câmara entre o PSB de Cicote, o DEM e a oposição dos vereadores do PT, apesar do teatro dos parlamentares petistas de se enfrentarem com a Secretaria da Saúde, buscam tão somente canalizar eleitoralmente o descontentamento da população frente ao drama da Saúde na região ABC paulista, sem oferecer qualquer saída de fato para a população . O PT, em particular, trata de associar os cortes de gastos à gestão tucana, quando o ex-prefeito petista Carlos Grana já havia cortado verbas para a saúde. As eleições de 2018 serão decisivas para o PT, que certamente tentará recuperar seu peso político e eleitoral na região que lhe deu origem, após uma derrota histórica que comprovou o fracasso da estratégia de conciliação de classes.

Uma verdadeira saída para enfrentar a crise na saúde

A crise da saúde pública é fruto da falta de investimento que ano a ano foi sendo cada vez menor, somada a previsão de 20 anos com o orçamento financeiro congelado graças aos golpistas que aprovaram a PEC 241, conhecida por “Pec do Fim do mundo”. Paulo Serra afirma estar reestruturando a saúde na cidade. Entretanto, fechou 7 Unidades de saúde, sem que as obras para as Unidades que supostamente serão abertas em seu lugar terem prazo estipulado ou sequer terem iniciado qualquer reforma física. Sob o discurso de reestruturação dos recursos na saúde, o prefeito ataca ainda mais a população, sem qualquer diálogo com os trabalhadores que diferente dos assessores do governo, são os que verdadeiramente entendem as necessidades de uma modernização na saúde.

Depois do vídeo de denúncia da situação das Unidades de saúde super lotadas viralizar com mais de 1.813 compartilhamentos, 535 curtidas e mais de 57 mil visualizações que não param de crescer, a Professora Maíra Machado junto ao Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT), explicou a campanha que lançou nessa terça-feira. “A primeira e mais urgente medida é a reabertura dos postos de saúde que foram fechados. Não podemos permitir que Paulo Serra deixe impunemente a população sem acesso a tratamentos básicos de saúde. Todos os que se indignam com essa situação precisam colocar suas forças à serviço dessa luta. Exigimos que o SindSaúde (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Saúde e Empresas que Prestam Serviços de Saúde Atividades Afins do ABCDMRP) e o Sindacs (Sindicatos dos Agentes Comunitários de Saúde da Região Metropolitana de São Paulo) chamem uma mobilização contra as demissões e o trabalho sobrecarregado, e que o PSOL, que é o principal partido de esquerda da cidade, convoque um ato junto a outras organizações de esquerda para fortalecer uma oposição aos golpistas na cidade”.

Perguntada sobre a situação dramática da saúde pública na cidade, a professora respondeu: “Não basta apenas reabrir as unidades de saúde, pois todos sabem a situação deplorável que se encontram as condições dos hospitais, UPAs e UBS. As reformas na saúde não podem ficar nas mãos da prefeitura, da secretaria de Saúde e dos políticos burgueses que não compartilham dos nossos interesses. Todo mundo sabe como as diversas prefeituras e a secretaria de saúde administram a verba da saúde: Corrupção, descaso aos profissionais, longas horas de trabalho em condições precárias, com salários baixos, muitas vezes sem treinamento; desrespeito e humilhação aos usuários. Por isso, devemos lutar por um plano de reformas na saúde controlado pelos trabalhadores e usuários. Afinal, são os trabalhadores e usuários os que sabem, melhor do que ninguém, as necessidades da cidade em termos de saúde, é em suas mãos que esse plano de reformas deve estar”.

Ao mesmo tempo, a fonte de recursos para gerir a cidade é a carga tributária, a enorme quantidade de imposto paga pelos trabalhadores e pequenos comerciantes que proporcionalmente pagam muito mais que capitalistas e pessoas ricas. Entretanto, a maior parte de todo esse dinheiro vai diretamente para os cofres dos bancos, através do pagamento da dívida pública. A dívida pública é uma fraude e não deve ser paga. Para que as reformas na saúde em Santo André tenham condições de serem realizadas de acordo com os objetivos dos trabalhadores e usuários, é necessário parar o pagamento da dívida e usar todo esse recurso à serviço do conjunto dos trabalhadores e do povo pobre”, concluiu a ex-candidata a vereadora pelo PSOL.

Reabertura imediata de todos os postos de saúde!
Por um plano de saúde organizado por trabalhadores da saúde e usuários!
Revogação da PEC 241 do Congelamento de investimento na saúde e educação!
Não ao pagamento da dívida pública para investir na saúde!
Readmissão de todos os funcionários da saúde demitidos!




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