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CAMINHADA LÉSBICA | Caminhada Lésbica e Bissexual fecha o Centro de São Paulo nesse sábado

A 14ª Caminhada Lésbica e Bissexual aconteceu na tarde deste sábado, no Centro de São Paulo. Com o tema: "O grito de resistência das lésbicas e bissexuais periféricas não será mais sufocado! Queremos discutir gênero nas escolas, ser respeitadas na saúde e andar nas ruas sem violência."

Marie CastañedaEstudante de Ciências Sociais na UFRN

segunda-feira 30 de maio de 2016 | Edição do dia

A Caminhada evidenciou a necessidade de colocar no Centro da discussão LGBT a situação das mulheres lésbicas e bissexuais, em especial periféricas e trabalhadoras, que sofrem com a opressão seja na violência, na educação e na saúde, pras quais esta reservado o desamparo e a precarização. Micheli Moreira, uma das organizadoras, falou ao Esquerda Diário:

A grande composição de mulheres negras em sua linha de frente, gritando em memória de Luana Barbosa, mulher lesbica, negra e periférica brutalmente assassinada pela Polícia impactou e marcou o tom: não aceitaremos mais ser assassinadas!. Roseli Barbosa, irmã de Luana, falou no carro de som sobre a realidade de terror imposta pela Polícia à população e a necessidade de se levantar contra o genocídio, o que comoveu todos os presentes, menos a própria PM, que ameaçou reprimir o ato caso fosse cantados palavras de ordem contra a Polícia. Roseli também falou ao Esquerda Diário:

O revoltante caso de estupro coletivo com uma menina de 16 anos também teve bastante destaque, com palavras de ordem e cartazes que pediam o fim da Cultura do Estupro. A necessidade de se levantar contra a violência cotidiana que chega ao seu auge com uma adolescente estuprada por 30 homens está mais que colocada para as mulheres, como colocaram Drika Ferreira e Luana Hansen ao Esquerda Diário:

Ao passo que os golpistas Temer e Cunha querem arrancar os poucos direitos conquistados ao longo dos últimos anos, como o Nome Social e as mulheres seguem morrendo pelo Aborto Clandestino, casos como este não passam mais ilesos. Somos milhares de mulheres lésbicas e bissexuais que já não querem sofrer as ameaças da LGBTfobia e da misoginia e nos colocar politicamente é cada vez mais importante. Jessica Tauane, do Canal das Bee, falou sobre o assunto ao Esquerda Diário:

A Caminhada Lesbica e Bissexual se encerrou no Largo do Arouche, com apresentações de MPB, Samba, Punk, Rap, Funk em uma grande Atividade Cultural. No vídeo abaixo, as minas do Rap Plus Size falam da importância de compor o evento.




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