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Câmara apoia Bolsonaro e nega auxílio emergencial para agricultores familiares

Enquanto o governo Bolsonaro estrangula a agricultura familiar, responsável por grande parte dos alimentos que chegam às mesas dos brasileiros todos os dias, o agronegócio recebeu R$54,7 bilhões de investimentos pelo Banco do Brasil.

quarta-feira 17 de março de 2021 | Edição do dia

Foto: Ascom/SDR
Agricultor familiar - BA

A Câmara manteve nesta quarta (17) o veto do presidente Jair Bolsonaro ao pagamento de um auxílio financeiro a agricultores familiares em meio a pandemia.

Outros pontos vetados previam a possibilidade de criação de mais linhas de crédito rural e a prorrogação do prazo para o pagamento de dívidas relativas a esse crédito contraídas por agricultores familiares.

O projeto de lei aprovado pelo Congresso previa o pagamento de cinco parcelas de R$600 reais aos agricultores familiares que não tivessem recebido o auxílio emergencial.

Enquanto o governo estrangula a agricultura familiar, responsável por grande parte dos alimentos que chegam às mesas dos brasileiros todos os dias, o agronegócio recebe investimentos e benesses de todo tipo, mesmo sendo o setor que mais lucrou durante a pandemia no Brasil.

O vice-presidente de Agronegócios e Governo do Banco do Brasil (BB), João Rabelo, comentou em uma live no final de fevereiro sobre as garantias que o Banco do Brasil deu ao agronegócio.

O BB liberou para o setor agropecuário R$ 54,7 bilhões entre julho e dezembro do ano passado, no primeiro semestre da safra 2020/21.

Rabelo também lembrou que o BB concedeu R$ 8 bilhões em custeio antecipado para a safra 2020/21, e que, para a próxima safra, 2021/22, serão R$ 16 bilhões.

O agronegócio conta com setores reacionários responsáveis por 1 a cada 3 conflitos com indígenas e trabalhadores rurais na Amazônia internacional.

Além disso, surfa hoje na alta dos preços dos alimentos, que leva a fome a bater na porta dos trabalhadores e da população marginalizada.

As prioridades do governo Bolsonaro e Mourão, amparado pelo judiciário e pelas castas políticas golpistas, revelam seu teor de classe. Cada vez mais privilégios aos de cima, cada vez mais ataques aos de baixo. As respostas para sair dessa impasse dependerá da organização dos trabalhadores de diversas categorias, de forma independente de todo esse regime.




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