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CRISE NA GRÉCIA | Cadeias televisivas gregas prognosticam triunfo do Não em meio à polarização

As seis principais cadeias televisivas na Grécia prognosticaram uma vitória do “Não”, segundo a rede Sky News. Todas as pesquisas de opinião consideram uma diferença entre 3% e 4% entre as opções “Oxi” (Não) e “Nai” (Sim).

domingo 5 de julho de 2015 | 13:57

Outra pesquisa realizada pela Skai TV dá como resultado 51,5% ao Não e 48,5% ao Sim, segundo GDO-Mega Poll.

As cadeias televisivas alertam que estes dados não são resultado de sondagens em boca de urna.

O canal “Star television” prognostica um alcance de 49% a 54% dos votos para o Não, e um alcance entre 46% e 51% para o Sim. O canal privado Mega sugeriu 49,5% a 53,5% para o Não, e 46,5% a 50,5% para o Sim.

Se corretas, estes dados – que chamam atenção pela sintonia das previsões, a despeito dos números – indicariam que os gregos rechaçaram as condições do resgate de seus credores.

Durante toda a semana, todo o arco político europeu, de conservadores a socialdemocratas, fizeram uma campanha reacionária de terrorismo ao povo grego, indicando que um voto pelo Não significaria o desejo da Grécia de abandonar o euro.
Esta chantagem se dá em base a que a maioria da população grega quer permanecer na zona do euro, vislumbrando a catástrofe social oriunda de um eventual retorno ao dracma (moeda grega), com a desvalorização dos salários e das condições de vida, o aumento da dívida e a provável continuidade dos controles de capitais, mesmo fora da zona do euro.

No bairro popular de Exarcheia, existe um grande apelo ao voto pelo Não, em vista das duras condições impostas pela Troika, que são amplamente consideradas como chantagem política.

Alexis Tsipras, que hoje voltou a afirmar que um eventual triunfo do Não não significa uma saída da Grécia do euro, mas uma “oportunidade” para continuar negociando um acordo viável às partes, já se disse disposto a aceitar “medidas duras” em troca de um refinanciamento da dívida, o que contradiz o desejo de milhões de gregos que através do Não exigem um fim à austeridade.

Em função do controle de capitais e dos limites de saque nos caixas automáticos de 60 euros por dia, as companhias de transporte tiveram de conceder descontos na tarifa para facilitar a chegada da população às urnas.




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