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CENTRAIS SINDICAIS | CUT, CTB e Força Sindical assumem compromisso com os patrões

sábado 26 de dezembro de 2015 | 22:30

No dia 03 de dezembro a CUT, CTB, Força Sindical, UGT, NCST e CSB fizeram uma reunião com diversas entidades patronais e assinaram um acordo em comum chamado ‘’compromisso pelo desenvolvimento’’. No manifesto lançado pelas centrais sindicais e entidades patronais é colocado que ‘’ são urgentes ações propositivas por parte dos que estão preocupados com o emprego, a produção e o bem-estar de milhões de brasileiros’’ e que ambas as partes tem o compromisso de ‘’avançar no fortalecimento do nosso sistema econômico produtivo, das condições e das relações de trabalho’’.

Neste sábado, 26, foi divulgado pela Agência Estado, novas declarações dos presidentes das centrais CUT, UGT e Força Sindical, nas quais reafirmam o mesmo “acordo tripartite”, selado no início deste mês, com o objetivo de “estancar a crise” no primeiro semestre de 2016, quando deverão se agravar os efeitos da crise para os trabalhadores (aumento nas taxas de desemprego e inflação). Dentre os motes de luta estão redução da jornada de trabalho para 40 horas, porém não dizem como, na prática, estas centrais governistas e pelegas são incapazes de levantar um movimento nacional contra os ajustes a partir dos processos de luta e pela base, para que possa sim, lutar de fato, pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário nem terceirizações.

Burocracia sindical

Num momento de crise econômica onde os patrões estão juntos com o Estado, atacando os direitos e demitindo os trabalhadores, estas centrais sindicais iludem os trabalhadores colocando que é possível chegar num acordo em comum com os patrões. Com o argumento falacioso de que é preciso ter ‘’ações propositivas por parte dos que estão preocupados com o emprego, a produção e o bem estar de milhões de brasileiros’’, estas centrais sindicais cumprem o papel de serem porta voz dos patrões dentro do movimento de trabalhadores colaborando com os ataques da patronal.

Demagogias

Enquanto os patrões utilizam inúmeras de sua demagogia pra justificar que suas medidas para a crise agradam “gregos e troianos”, o que foi feito até agora mostra que o seu único interesse é a busca incessante pelo lucro e pra isso, eles precisam necessariamente avançar contra os trabalhadores. Os trabalhadores não podem confiar nos patrões e precisam se organizar de maneira independente para defender os seus empregos, salários e direitos.

A grande prova de que este ‘’compromisso pelo desenvolvimento’’ não pode representar os trabalhadores são os seus eixos votados, tais como: ‘’Retomar rapidamente o investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana, ampliando os instrumentos para financiá-la, bem como criando ambiente regulatório que garanta segurança jurídica’’ mostrando que pra sair desta crise, os patrões pretendem aprofundar a privatização (esta, a ser realizada também por mecanismos “jurídicos” indiretos, como concessões, organizações sociais e terceirizações de serviços básicos como saúde, educação e moradia) e retirar os direitos dos trabalhadores, aprofundando ataques como os cortes nos salários e benefícios, o PPE (redução de jornada de trabalho como redução de salários – veja mais aqui) e o aumento na idade mínima para a aposentadoria.

Contra as demissões anunciada nas grandes empresas é necessário lutar pela redução da jornada de trabalho sem reduzir o salário para garantir que todos trabalhem, pela abertura do livro de conta das grandes empresas, pelo salário mínimo estabelecido pelo Dieese, pela efetivação de todos os terceirizados e que o salário aumente conforme o preço dos bens consumo aumente. Para isso é necessário forjar um movimento nacional contra os ajustes, que exija para a CUT, Força Sindical, CTB e demais sindicais que rompam com os governos e os patrões e coloquem todo seu aparato para organizar um plano de guerra contra as demissões.

Fontes:
http://www.fsindical.org.br/arquivos/compromissodesenvolvimento_03dez.pdf
http://www.cut.org.br/agenda/compromisso-pelo-desenvolvimento-b345/




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