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USP | CBN escancara sacanagens de Prefeito e Reitoria da USP com verba pública

Enquanto a Reitoria demite mais de 2mil funcionários em menos de dois anos alegando uma grave crise financeira, o Prefeito da USP embolsa o equivalente a metade do orçamento anual de todas as creches da USP (R$600 mil) ao aderir ao primeiro plano de demissão e retorna com salário mensal de R$22mil

quinta-feira 11 de agosto de 2016 | Edição do dia

Enquanto a Reitoria demite mais de 2mil funcionários em menos de dois anos alegando uma grave crise financeira, o Prefeito da USP embolsa o equivalente a metade do orçamento anual de todas as creches da USP (R$600 mil) ao aderir ao primeiro plano de demissão e retorna com salário mensal de R$22mil

A Universidade de São Paulo (USP) vai demitir pela segunda vez em menos de dois anos mais de mil funcionários alegando uma grave crise financeira. Ao mesmo tempo, porém, professores do alto escalão da Universidade ganham acima do teto do Governador e o Prefeito do campus da capital, Osvaldo Nakao, participou do primeiro plano de demissão voluntária (PIDV) recebendo R$600mil e voltou a trabalhar com o salário de R$22mil.

O Esquerda Diário já havia feito essa denúncia aqui. Porém, há uma semana a CBN voltou a divulgaressa verdadeira sacanagem que os gestores das autarquias e administrações de estatais fazem com o dinheiro público. Essa improbidade legalizada é o que onera os serviços públicos em benefício do enriquecimento privado de alguns gestores.

Enquanto isso, os servidores públicos – trabalhadores que constroem cotidianamente as Universidades, escola e hospitais públicos – são penalizados com corte de pessoal, arrocho salarial, assédio e terceirização.

Bruno Gilga, representante dos trabalhadores no Conselho Universitário, disse ainda que Nakao “assedia trabalhadores e corta salários de grevistas, disse que as creches devem ser fechadas pra economizar dinheiro, mas somente o que embolsou no PIDV representa quase metade do orçamento do ano inteiro de todas as creches da USP, capital e interior.”

Antes de ser Prefeito, Nakao também foi chefe de gabinete e superintendente do espaço físico da Reitoria de Marco Antonio Zago, tendo ajudado a idealizar o PIDV que cortou 1.400 postos de trabalho com a justificativa de reduzir gastos com salários. Gilga ainda disse que o PIDV “foi justificativa pra fechar quase metade dos leitos do hospital, todas as vagas nas creches nos dois anos desde então, terceirizar quatro restaurantes, deixar os alunos da Aplicação sem aulas obrigatórias e desmontar a Prefeitura. E mesmo com tudo isso acaba de ser aprovado um novo PIDV no Conselho Universitário e no momento da votação, quando manifestamos nossa posição contrária ao PIDV, o Reitor Zago disse o absurdo que os que estavam contra queriam destruir a Universidade para preservar seus privilégios!”

Claudionor Brandão, diretor do SINTUSP e demitido político ainda completou sobre o tamanho do rombo nas contas da Universidade que essa atitude representa: “Como professor em regime parcial, o Sr. NaKao iria se aposentar com um beneficio de aproximadamente R$8 mil, mas com a manobra de alterar seu regime de trabalho ele vai aposentar com um salário, no mínimo, igual ao do Governador. E quem vai pagar é a USP. Depois, o Reitor e demais burocratas saem propagando a ideia de que somos nos que queremos defender nossos supostos privilégios.




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