O Instituto Buntantan encaminhará à Anvisa o pedido para autorização de testes clínicos da Butanvac, nova vacina 100% nacional para a COVID-19. Dória tenta impulsionar sua imagem com a nova vacina, mas em sua gestão da pandemia São Paulo já chega a mil mortes por dia e a saúde está à beira do colapso.
sexta-feira 26 de março de 2021 | Edição do dia
O novo imunizante anunciado pelo Instituto Butantan é 100% nacional, desenvolvido e produzido no Brasil. O próximo passo é o envio à Anvisa pedindo autorização para realizar os testes clínicos com o imunizante para comprovar sua eficácia. A estimativa é que até julho os testes estejam concluídos, o que permitiria o início da distribuição e aplicação na segunda metade deste ano.
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan afirma que a vacina foi desenvolvida aproveitando o conhecimento já obtido com outras vacinas. A Butanvac utiliza a tecnologia de vírus inativado e produzida a partir de ovos embrionários, mesmo método utilizado nas vacinas para gripe.
O diretor do Instituto Butantan também aponta que com a produção nacional dessa vacina, o Brasil pode se tornar independente de vacinas estrangeiras em seu programa de imunização.
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Quem veio a público fazer o anúncio da nova vacina foi o governador de São Paulo, João Dória, que busca usar as vacinas como um trampolim para sua imagem como antípoda do presidente negacionista Bolsonaro. Dória busca falar em nome do Instituto Butantan e aparecer como um dos responsáveis pelas conquistas científicas dos pesquisadores, como se o Instituto não estivesse sendo desmontado desde muito tempo antes da pandemia por anos de cortes no orçamento por governos tucanos.
A gestão de Dória da pandemia também não tem nada a ver com defesa da ciência e da vida, como ele busca aparentar. Recentemente São Paulo bateu recorde de mortes com mais de mil em um só dia, isso após um ano inteiro de pandemia sem nenhuma medida para proteger os trabalhadores que continuaram obrigados a se aglomerar nos metrôs e ônibus, alto índice de mortes entre trabalhadores da saúde e abertura irresponsável das escolas mesmo em meio à fase vermelha de distanciamento.
