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EDUCAÇÃO | Buscando agradar sua base de extrema-direta, Bolsonaro cogita pastor evangélico para o MEC

Com a saída de Weintraub do Ministério da Educação (MEC), mês passado, Bolsonaro procura um nome para agradar a base evangélica. Sem sucesso com os nomes que indicou, ele segue em busca de um nome que contemple o reacionarismo religioso e tenha mãos de ferro nos ataques ideológicos. Os três nomes cogitados até agora são evangélicos, incluindo até um pastor.

quarta-feira 8 de julho de 2020 | Edição do dia

Weintraub cumpriu esse papel de atacar as instituições com êxito. Suas declarações ia desde desqualificar os pesquisadores, as principais universidades do país, demonizar Paulo Freire a ataques contra as mulheres e aos homossexuais. Era um nome de peso para esse governo que não se contenta somente em cortar verbas da educação, mas implementar uma verdadeira guerra contra a ciência e a tecnologia.

O ex-ministro apesar de ocupar uma pasta muito importante, não se contentou em somente implementar esses cortes e ataques ideológicos atacou também o outras instituições que vira e mexe se colocam em enfrentamento frontal com Bolsonaro, mas que tem vital importância no jogo político do país, o STF. Com isso, Bolsonaro teve que tomar providências para que o tiro não saísse pela culatra.

Apesar dos esforços do presidente da república para substituir o ex-ministro, Weintraub, não tem conseguido muito sucesso. Carlos Decotelli teve uma passagem relâmpago pela pasta da educação, o burburinho sobre as falsificações no currículo de Decotelli não caiu bem para o governo, tendo em vista que já tem uma família comprometida com investigação de Fake News e envolvimento com milicianos, mas um escândalo de um ministro que falsifica currículo seria uma bola de neve que Bolsonaro teria que carregar nas costas.

Outro nome cotado foi o de Renato Feder, secretário da educação do Paraná, esse caiu no descontentamento da base de apoio evangélica do presidente. Até o momento três evangélicos estão em diálogo com a equipe do presidente: o pastor Milton Ribeiro, ex-vice do Mackenzie em São Paulo; o professor da Unb ( Universidade de Brasília) Ricardo Caldas; e o reitor do ITA ( Instituto Tecnológico de Aeronáutica), Anderson Correia.

A preocupação de Bolsonaro para escolher o próximo ministro certamente não é com os rumos da educação e sim de escolher um ministro que seja tão bom nos ataques econômicos quanto nos ataques ideológicos e que finalmente seja aprovado pela base religiosa reacionária e negacionista. O presidente certamente encontrará alguém tão bizarro quanto Weintraub. A resposta para todos essa miscelânea de ataques contra a educação certamente não está dentro do congresso.

O futuro que esse governo reserva para juventude certamente é o da precarização, o de morrer pedalando em cima de uma bicicleta trabalhando como entregador de Apps. A lama que esse governo tem enfiado a pasta da educação terá suas respostas nas ruas com a juventude se organizando como foi no ano passado quando Weintraub cortou verbas e como resposta teve a força desses jovens estudantes e trabalhadores em grandes mobilizações. É contra esses esses mandos e desmandos do governo que temos que lutar por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana em que jovens trabalhadores possam debater suas demandas em cada universidade, em cada escola e cada local de trabalho e assim derrubar esse governo que vem esmagando os sonhos e o futuro da juventude.




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