quarta-feira 27 de novembro de 2019 | Edição do dia
Bruno Covas (PSDB) saiu nas redes posando de democrata e fazendo demagogia para ganhar votos nas eleições do ano que vem. Contra a fala do ministro da Economia Paulo Guedes, que com medo da possibilidade da luta de classes entrar n país, disse ’não se assustem se alguém pedir o AI-5, Bruno Covas escreveu: ’Me avisem se pedirem o AI-5 de novo para eu sair do hospital e ir pra rua protestar contra’.
Covas está em tratamento de um câncer no hospital. Apesar de adulado pela imprensa, que gosta de colocar o PSDB como uma "direita liberal", Covas já tem como obstáculo seu próprio padrinho, João Dória, que propôs ninguém menos que a própria Joice Hasselmann como vice para covas nas eleições do ano que vem.
Hasselmann, antes de abrir uma guerra pela divisão do poder no PSL com os filhos de Bolsonaro, estava fazendo o que mesmo? No dia 25 de março deste ano, a deputada estava comemorando o golpe militar de 1964 ao lado de Bolsonaro:
A partir deste ano, o Brasil irá comemorar o aniversário do 31 de março de 1964. A data foi incluída na ordem do dia das FFAA e cada comandante decidirá como deve ser feita. É a retomada da narrativa verdadeira de nossa história. Orgulho🇧🇷 #Selva pic.twitter.com/SbkeIm7kAn
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) March 26, 2019
E depois que internautas entraram na conta de Joice, e descobriram um Tweet de alguns anos antes, aonde a deputada tinha compartilhado uma matéria com "10 razões para não ter saudades da ditadura", Joice postou novamente dizendo que era tudo intriga da "esquerda raivosa", reafirmando que havia mudado sua visão sobre a história do Brasil:
A esquerda raivosa e os bonecos de ventríloquos estão em polvorosa por causa da decisão do governo @jairbolsonaro de autorizar as comemorações devidas ao Março de 1964. Podem berrar. O choro é livre e graças aos militares, o Brasil também! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) March 26, 2019
Covas, aliás, de "defensor da democracia", não tem nada, basta perguntar aos professores da rede municipal de São Paulo, recebido pelas bombas do prefeito quando foram manifestar-se democraticamente contra o SAMPAPREV (a reforma da previdência municipal de Dória e Bruno Covas).
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