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CIDADE DE SÃO PAULO | Bruno Covas diz que “pior ainda está por vir” mas prefeitura não age à altura da situação

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, afirmou hoje que a cidade se encaminha para o pior momento da pandemia do novo coronavírus e que a prefeitura se programa para abrir 13 mil novas valas em cemitérios para o sepultamento de vítimas da COVID-19 nas próximas semanas.

quinta-feira 23 de abril de 2020 | Edição do dia

Foto: divulgação.

Nesta tarde saiu uma campanha que utiliza imagens de corpos e do colapso no sistema de saúde na cidade de Guayaquil, no Equador, que teria a finalidade de sensibilizar a população a respeitar o isolamento social.

O prefeito deixa para a população e os trabalhadores a responsabilidade de contenção do vírus, unicamente via isolamento social e sem as condições necessárias, e tem como principal resposta para o aumento do número de mortes a preparação de mais valas.

O prefeito Bruno Covas não oferece as condições necessárias básicas para que as pessoas possam ficar em casa, como a licença remunerada para serviços não-essenciais, além de supor que o auxílio emergencial é suficiente para que as pessoas desempregadas, e muitas estão perdendo seus empregos, não passem fome, quando na realidade sabemos que o valor deveria ser de R$ 2 mil para cada trabalhador sem renda se manter vivo e sustentar suas famílias.

Hoje vários hospitais já estão superlotados e sem leitos disponíveis e milhares de trabalhadores da saúde seguem sem equipamento de proteção, além de que os essenciais testes massivos para toda a população seguem sendo negados pela prefeitura, resultando numa maior propagação da pandemia.

No Hospital Universitário da USP foi feita uma ação hoje onde trabalhadores efetivos e terceirizados, que têm trabalhado nas piores condições, sem máscaras e EPI’s adequados, denunciaram essa situação, lutando para que a reitoria faça mais contratações emergenciais.

Esse é um exemplo importante de luta, que nós do Esquerda Diário estamos apoiando, e que reflete a realidade de muitos hospitais por toda a cidade.

Para resolver a situação é necessário urgentemente que todos os hospitais privados sejam imediatamente estatizados sob controle dos trabalhadores, e que as indústrias sejam transformadas para produzirem todo o material necessário para controlar a propagação da pandemia e atender toda a população.

Não é possível que o pior esteja por vir e aceitemos que venha sem que todas as medidas possíveis sejam feitas para salvar as vidas dos trabalhadores e povo pobre.




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