Mesmo com ponto cortados, os professores não foram intimidados a recuar na sua luta. Em assembleia realizada nesta quarta-feira (6/4), em frente ao Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal [GDF], os professores decidiram a continuidade da greve que dura desde o dia 15/3. A assembleia foi de massa, com grande presença de professores mobilizados, aos milhares.
Luciane PereiraBrasília/DF
sexta-feira 7 de abril de 2017 | Edição do dia
Uma comissão de negociação do Sindicato dos Professores/DF se reuniu com o governo várias vezes, mas nada de concreto foi firmado com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB).
A categoria cobra do GDF reajuste de 18%, vale-alimentação, plano de saúde, pagamento da última parcela do aumento aprovado em 2013, além de melhorias das condições de trabalho, reivindicações históricas dos trabalhadores da educação. Nenhuma proposta foi firmada. O governador somente posterga.
Outra reivindicação dos professores é derrubar a Reforma da Previdência, completamente contra os trabalhadores e que exigirá idade mínima para aposentar de 65 anos, além de 49 anos de contribuição. Morrer trabalhando, esse é o objetivo dessa política de Estado.
A política do governador é de total desprezo pela categoria dos professores. Educação não é prioridade.
Além de mobilizações nas ruas com bloqueios de circulação de veículos, para esclarecer a população sobre a conscientização do movimento, nesta semana os professores foram à Assembleia Legislativa do DF na tentativa de pressionar os deputados a que apoiassem o movimento. Alguns deputados, verbalmente, declararam apoio aos professores. No entanto, a grande força dos professores virá da sua organização pela base e do impulso a uma frente com outras categorias, na base de comitês que levantem bandeiras locais e nacionais da classe trabalhadora.
Confira no vídeo abaixo a concentração dos professores na Assembleia Legislativa:
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