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IMIGRAÇÃO | Brasil poderia receber milhares de imigrantes e refugiados

sexta-feira 4 de setembro de 2015 | 00:48

Apesar do discurso oficial, de país que tem as fronteiras abertas para receber imigrantes e refugiados, o governo brasileiro se mantém em silencio frente ao drama migratório na Europa.

Em quatro anos, o número oficial de refugiados no Brasil passou de cerca de 500 em 2010, para mais de 8 mil em 2014 e esse número segue crescendo. Nestes números não estão inclusos os haitianos, que no mesmo período somam quase quarenta mil que entraram no Brasil.

Somente em 2014, o Brasil teve quase 26 mil pedidos de refugio cuja maioria não foi sequer analisada. Do total dos pedidos aceitos, a Síria é o país de origem da maioria dos refugiados, seguido pela Colômbia e países da África. Isso coloca o Brasil a frente de países como Austrália e junto com Canadá, sendo o destino mais requisitado na América Latina.

Durante a última década, a diplomacia brasileira fez eixo no discurso de fortalecimento das relações sul-sul, e entre os países ditos em desenvolvimento. No momento em que a Europa do capital fecha suas fronteiras às dezenas de milhares que procuram abrigo no seu território, o mínimo que se podia esperar de um governo com esse discurso é que se colocasse a disposição para receber milhares, ou dezenas de milhares, de refugiados e imigrantes.

O silêncio do governo Dilma mostra o alto grau de cinismo deste discurso. Fortalecer as relações entre os países, não significa mais do que abrir novos mercados e oportunidades de negócios para os capitalistas brasileiros. Não entra nos cálculos do governo petista tonar efetivo um dos direitos humanos mais elementares, que o direito ao asilo e ao refugio.

Essa realidade se vê na situação, muitas vezes precária e humilhante, dos haitianos que chegaram em massa ao Brasil nos últimos anos. Usados como mão de obra precária ou semi-escrava nas grandes obras do PAC, ou tratados como um inconveniente, jogados de estado em estado sem encontrar condições dignas de abrigo e de refazer as suas vidas.




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