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EXPORTANDO HIDRÉLETRICAS E SEU DANOS | Brasil e Bolívia construirão hidrelétricas: Quem se beneficia com isto?

sexta-feira 24 de abril de 2015 | 00:01

Os governos de Brasil e Bolívia assinarão na primeira quinzena de maio deste ano um acordo para promover o desenvolvimento de projetos hidrelétricos e termelétricos conjuntos, informou nesta quinta-feira o ministro de Hidrocarbonetos e Energia do país andino, Luis Alberto Sánchez.

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), chegará à cidade boliviana de Santa Cruz para assinar um "memorando de entendimento", já que o governo brasileiro tem interesse em desenvolver projetos para uma produção de 7.500 megawatts, disse Sánchez à imprensa estatal da Bolívia.

Um desses projetos previstos no acordo está ligado à construção de uma hidrelétrica binacional sobre o rio Madeira, onde se prevê uma produção de 3.000 megawatts. Outro projeto de interesse dos brasileiros é Cachuela Esperanza, sobre o rio Beni, no território amazônico boliviano, onde se prevê a produção de outros 700 megawatts, segundo o governo boliviano. Atualmente, a produção boliviana é de cerca de 1.500 megawatts, para responder a uma demanda de aproximadamente 1.300. Ou seja, a iniciativa "conjunta" de Brasil e Bolívia é para abastecer demanda da economia brasileira, pois a Bolívia já produz mais do que precisa para consumo interno.

Ainda é necessário saber os detalhes do novo acordo de projetos hidroelétricos entre ambos países, porém já sabemos pelas experiências passadas com este tipo de iniciativas que deixam claro que não existe a mínima preocupação do governo Brasileiro com a preservação do meio ambiente. Projetos como Belo Monte e Jirau são mostras claras do desrespeito as comunidades ribeirinhas, aos povos indígenas, ao meio ambiente e aos trabalhadores nas obras.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, no entanto, expressou várias vezes seu desejo de que seu país se transforme no futuro em um centro energético do Cone Sul com exportação de eletricidade.

Para a Bolívia, um país com ampla maioria da população indígena, a promessa de desenvolvimento econômico da mão deste tipo de projetos de que trará melhoras qualitativas na vida dos povos indígenas, tem se provado enganosa. Sabemos por casos como Itaipu e outros, que não será a través desses empreendimentos que serão atingidas melhorias na qualidade de vida do povo boliviano ou do povo brasileiro que supostamente se beneficiaria com esta energia.

EFE/Esquerda Diário




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