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JUVENTUDE "NEM NEM" | Brasil ainda tem um em cada cinco jovens sem trabalhar nem estudar, diz IBGE

Em 2014, o Brasil ainda tinha 1 em cada 5 jovens sem estudar nem trabalhar. Grande parte morava nas regiões Norte ou Nordeste (45,6%), era do sexo feminino (69,2%), tinha baixa escolaridade (média de 8,7 anos de estudo), além de declarar ser de cor preta ou parda (62,9%). Com a crise econômica e os ajustes fiscais do governo, estes números podem crescer.

sábado 5 de dezembro de 2015 | 01:23

A população de jovens no País conhecidos como "nem-nem-nem" - que não estudam, não trabalham e não procuram emprego - diminuiu no último ano. A proporção de pessoas de 15 a 29 anos nessa condição caiu de 15% em 2013 para 13,9% em 2014, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais 2015 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), porém, ainda é elevada e supera o índice de desemprego da população.

Também recuou o porcentual que se dedica somente aos estudos, de 22,7% para 22,5%. Os dados coincidem com uma deterioração do mercado de trabalho, com aumento na fila do desemprego, redução da formalidade e perda de fôlego na renda do trabalhador, de acordo com os dados da própria Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad). Esta realidade se aprofunda com os ajustes fiscais do governo, que cortam gastos sociais, com a educação e saúde, e cortes nos direitos dos trabalhadores como o seguro desemprego e o PPE.

Em 2014, o Brasil ainda tinha 1 em cada 5 jovens sem estudar nem trabalhar. Grande parte morava nas regiões Norte ou Nordeste (45,6%), era do sexo feminino (69,2%), tinha baixa escolaridade (média de 8,7 anos de estudo), além de declarar ser de cor preta ou parda (62,9%). Entre as mulheres nessa faixa etária de 15 a 29 anos que não trabalhavam nem estudavam, 58,1% tinham ao menos um filho nascido vivo. O maior número de mulheres que nem estudam nem trabalham, por exemplo, deve crescer com o avanço da crise econômica, pois são as mulheres as que mais sofrem com o desemprego e por outro lado, as mulheres com filhos também enfrentam dificuldades ainda maiores com os cortes sociais que reduzirão ainda mais os gastos das prefeituras com creches e educação infantil.

Por outro lado, aumentou o nível da ocupação entre os idosos, ou seja, a proporção de pessoas com 60 anos ou mais que estão trabalhando. A fatia de homens ocupados nessa faixa etária subiu de 40,3% em 2013 para 41,9% em 2014, enquanto entre as mulheres esse contingente de trabalhadoras cresceu de 17,1% para 18,9%.

O aumento de idosos trabalhando é um sinal da baixo nível de vida dos idosos aposentados no Brasil, que para complementarem a renda, entram novamente no mercado de trabalho, mas com baixos salários e muitas vezes, em empregos precários. Não é demais lembrar que parte da agenda de ajustes do governo Dilma e Levy é aumentar a idade mínima para a aposentar a e ainda congelar os reajustes nos valores das aposentadores.

Esquerda Diário/ Agência Estado.




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