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Depoimento na Câmara | Braga Netto nega que houve ditadura em 64 e chama de "regime forte" que torturou e assassinou

O general e ministro da Defesa do governo Bolsonaro enalteceu novamente os militares torturadores da ditadura durante depoimento na Câmara dos Deputados.

terça-feira 17 de agosto de 2021 | Edição do dia

O ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, afirmou em depoimento na Câmara dos Deputados que não houve ditadura militar e que houve um “regime forte”. É assim que o general bolsonarista chama o regime responsável pela perseguição, tortura e massacre dos opositores ao governo, principalmente trabalhadores, estudantes e camponeses.

“Não considero que tenha havido uma ditadura. Houve um regime forte, isso eu concordo. Cometeram exceções dos dois lados, mas isso tem que ser analisado na época da história, de Guerra Fria e tudo o mais. Não pegar uma coisa do passado e trazer para os dias de hoje”, disse.

“Se houvesse ditadura, talvez muitas pessoas não estariam aqui. Ditadura, como foi dito por um deputado aqui, são em outros países, que já foram mencionados, e eu me permito o direito de não repetir”, acrescentou.

As declarações repugnantes do general foram feitas em audiência que ocorreu nesta terça, 17, na Câmara onde ele foi convocado a prestar esclarecimentos sobre as ameaças golpistas feitas pelo o Governo Bolsonaro e as Forças Armadas em relação ao voto impresso.

Não é a primeira vez que Braga Netto demonstra sua idolatria aos militares de 64. No aniversário do Golpe, em 31 de março, o ministro afirmou que deveria ser uma data “celebrada”. O general faz parte da mesma corja reacionária e asquerosa como é Bolsonaro e Mourão, amantes impetuosos dos militares torturadores que não se cansam de homenageá-los, como foi recentemente com a promoção do já falecido torturador, Coronel Ustra, ao posto de Marechal.




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