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DEMISSÕES BRADESCO | Bradesco calcula demitir 10 mil funcionários para manter lucros bilionários

sexta-feira 14 de julho de 2017 | Edição do dia

O banco que lucrou R$ 4,648 bilhões apenas no primeiro trimestre de 2017 calcula que até 10 mil funcionários possam aderir ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) elaborado pela empresa para enxugar o quadro, ou seja, cortas despesas para não só manter como aumentar os lucros já exorbitantes da companhia.

Os PDVs são planos onde as empresas buscam enxugar o quadro de funcionários para manter e elevar seus lucros em tempos de crise, focando especialmente em demitir os trabalhadores mais antigos com melhores salários e mais direitos conquistados a fim de substituí-los por novos funcionários com salários na base do piso, muitas vezes substituindo por trabalho terceirizado com salários ainda mais humilhantes e quase sem direitos ou mesmo não substituindo o quadro, o que implica em sobrecarga de trabalho para os que ficam e piora no atendimento à população.

O programa no Bradesco começa a vigorar em 17 de julho e vai até 31 de agosto. Segundo declarações de executivos de agencias financeiras a notícia do PDV deve animar o mercado em relação às ações do Bradesco, ou seja, os grandes magnatas da bolsa de valores ficaram bastante contentes com a busca pela sinergia, nas palavras da empresa, que significa perda de direitos para o trabalhador e piora no serviço à população.

É comum, como neste caso, os empresários alegarem que se trata de um processo de informatização, digitalização do serviço e que por isso o quadro de funcionários pode ser enxugado. O que não dizem é que essa informatização está a serviço do lucro dos banqueiros e não dos milhares de trabalhadores que passam ao desemprego.

Só no último ano a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil demitiram mais de 14 mil funcionários através de PDVs, além disso, com o fechamento de quase 150 agencias pelo país os cinco maiores bancos conseguiram demitir 3.800 funcionários. Tudo isso anima o mercado financeiro e prejudica a vida dos trabalhadores.

Enquanto em meio à crise o discurso dos patrões é de que todos precisamos “apertar os cintos” e que as reformas que arrancam nossos direitos são necessárias para o equilíbrio das contas da casa, os banqueiros são os que mais lucram, sejam demitindo em massa ou recebendo a verdadeira “bolsa banqueiro” de trilhões que é o pagamento da dívida pública.

Apenas a força da organização dos trabalhadores pode reverter essa situação em que a conta da crise está sendo paga por nós enquanto eles lucram bilhões. Em primeiro lugar é preciso exigir dos sindicatos grandes campanhas de conscientização em torno desses PDVs criminosos, para que tenham pouca adesão dos trabalhadores e ao contrário, possam se organizar para não apenas as batalhas sindicais locais como no caso dos bancários, mas se somar a necessária construção de uma greve geral capaz de barrar as reformas e levantar demandas como o não pagamento da dívida pública a esses banqueiros bilionários, para que sejam eles, os capitalistas que paguem pela crise.




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