quarta-feira 8 de fevereiro de 2017 | Edição do dia
O juiz Eduardo Rocha Penteado, da 14ª Vara Federal do Distrito Federal, aceitou uma ação popular e suspendeu liminarmente a nomeação de Moreira Franco (PMDB) para o cargo de ministro chefe da Secretaria-geral da Presidência da República.
Na sexta-feira, 3, o presidente Michel Temer havia promovido o privatista Moreira Franco de secretário-executivo do Programa de Parceria de Investimentos a ministro. Com a nomeação, o peemedebista citado múltiplas vezes na Lava Jato ganhou foro privilegiado.
O caso de Moreira Franco foi muito comparado com o que ocorreu com o ex-presidente Lula, nomeado para a Casa Civil por Dilma para evitar que seus processos permanecessem com o juiz federal Sergio Moro. No caso do petista, a nomeação também foi revertida após a Justiça Federal do Distrito Federal suspender liminarmente a posse no cargo.
A ação popular contra a nomeação de Moreira Franco foi proposta pelos cidadãos Rafael Augusto Batista Juliano, Gianmarco Loures Ferreira e Fernando de Moura Coelho.
Assim que chegou ao Planalto a notícia de que um juiz de primeira instância suspendeu a nomeação do ministro da Secretaria-geral da Presidência, Moreira Franco, começou a mobilização para que o governo faça a defesa do recém-nomeado pelo presidente Michel Temer. A Advocacia-Geral da União informou que recorrerá para cassar a liminar "o mais rapidamente possível". Até que a liminar seja cassada, a suspensão de Moreira no cargo vigora.
Vemos que a incansável disputa entre os que querem garantir seus privilégios e impunidade e os que veneram os super poderes de mandos e desmandos da toga, modalidade não inaugurada, mas aperfeiçoada pós-golpe, não pára. Na disputa entre quem faz a melhor cena de combate a corrupção, reinam os privilégios. Nada de tocar nos altos salários e privilégios de ninguém, isso é um acordo, e que também as reformas se acelerem para resolver a crise tirando da conta dos trabalhadores.
Temas