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Extrema Direita | Bolsonaro ganha palanque eleitoral no podcast Flow para vomitar atrocidades

Nesta segunda-feira, 08 de agosto, Bolsonaro foi convidado para participar de uma entrevista no podcast Flow. Durante mais de cinco horas, Bolsonaro falou mentiras e absurdos de extrema direita enquanto o entrevistador Igor Rodrigues afirmava que seu problema era na realidade ser sincero demais.

quarta-feira 10 de agosto de 2022 | Edição do dia

Nesta segunda-feira, 08 de agosto, Bolsonaro foi convidado para participar de uma entrevista no podcast Flow. Durante mais de cinco horas, Bolsonaro falou mentiras e absurdos de extrema direita enquanto o entrevistador Igor Rodrigues afirmava que seu problema era na realidade ser sincero demais.

Igor Rodrigues não quis declarar apoios eleitorais, dizendo que não seria bom para sua localização de podcaster. Mas a entrevista de Bolsonaro foi uma das mais longas da história do podcast, e não faltaram esforços para ajudar o atual odiável presidente a criar suas narrativas reacionárias e farsescas livremente, além de falar mal de seus adversários políticos.

Dentre os absurdos proferidos, Bolsonaro, babando sangue das milhares de torturas durante a ditadura militar, afirmou que o AI-5 foi importante para evitar o comunismo em meio a mentiras e falsificações históricas, como por exemplo dizer que jornalistas não foram presos e perseguidos nesta época.

Com ajuda do apresentador, Bolsonaro tentou desmentir as acusações de racista, homofóbico e misógino sobre ele, utilizando de argumentos que só atestam seu preconceito, em meio a piadas machistas com sua esposa, homofóbicas para com o apresentador e racistas para com seu cunhado. Igor Rodrigues por sua vez aconselhou elogiosamente o presidente sobre, dizendo que o problema é que era sincero demais, e deveria entrar no jogo da política e esconder algumas barbaridades, para não se queimar politicamente. A população indígena também não foi poupada de sua excrescência, reclamando do tamanho das reservas Yanomamis, esquecendo os nomes de Dom e Bruno, dentre outros absurdos.

Bolsonaro também voltou a repetir seu mote de campanha eleitoral de 2018, “ou direitos ou empregos”, defendendo a reforma trabalhista de Michel Temer e a destruição dos direitos trabalhistas, enquanto os índices de desemprego seguem batendo recordes no país. Aproveitou o tema para também se colocar na defesa dos patrões e empresários, proferindo as palavras de sedução patronal “não é fácil ser empresário neste país”.

Para os banqueiros e sobre a carta “pró-democracia” da FIESP e da Febraban, Bolsonaro ironizou, identificando essa iniciativa patronal como uma clara movimentação de alinhamento com a chapa Lula-Alckmin, se sentindo preterido pelos banqueiros. Lembrou aos bancos que eles mesmo apoiaram a prisão de Lula e agora o querem de volta, e fez piadas envolvendo furtos e roubos para argumentar com os banqueiros de que ele seria uma opção melhor.

Bolsonaro negacionista defende “kit-covid” e ataca vacinas

Já passamos de 2 anos e meio de Pandemia, onde o Brasil liderou os rankings de mortes pela COVID-19 fruto do negacionismo do presidente. Durante a entrevista, Bolsonaro defendeu novamente um tratamento com cloroquina e um “kit COVID” que nunca teve comprovação científica de sua eficácia, suas ações carregaram até o final do ano passado a soma de mais 600 mil mortos por COVID no país.

Ainda completou tecendo questionamento xenofóbico a eficácia de CORONAVAC do instituto Butantã, por ser uma vacina elaborada pela China. O acéfalo bate no peito para defender o negacionismo e a anti ciência de seu argumento que levou a milhares de mortes, tendo a coragem de dizer que o Brasil foi um dos países menos impactados pela pandemia.

O excrementissimo presidente Bolsonaro com o seu discurso de morte levou milhares de pessoas no início da pandemia a perderem seus familiares, filhos, irmãos, pais, mães, esposas, maridos e amigos defendendo que a COVID era apenas “uma gripezinha”.

Novamente sobre urnas eletrônicas e justificativas golpistas

Boa parte da entrevista foi reservada para que Bolsonaro tivesse a chance de relocalizar seu discurso golpista usando o bode expiatório das urnas eletrônicas. Com palavras mais calculadas e claramente na defensiva após a reação frente a reunião com embaixadores, Bolsonaro dessa vez disse que não tem interesse em um golpe e que na realidade seus alertas sobre as urnas eletrônicas seriam em preocupação com a democracia e a integridade do processo eleitoral. Mas repetindo as mesmas dezenas de falsidades tendenciosas de sempre sobre as urnas, não deixou de lançar desconfianças sobre o processo eleitoral e colocar a possibilidade de um ou outro candidato poder questionar a contagem de votos.

Este foi um momento chave da entrevista. Uma vez que sua sanha golpista despertou a cínica movimentação da burguesia e da patronal, brasileira e internacional, passando por Biden, Fiesp e a Febraban, em defesa das atuais “instituições democráticas”, que são fruto do golpe de 2016, protagonizado por essas mesmas instituições e forças políticas, Bolsonaro precisava se relocalizar e reorganizar seu discurso para sua base de forma mais defensiva, sem perder o teor de extrema direita que mantém a coesão de sua militância. Para isso, o podcast Flow e o apresentador Igor Rodrigues estavam ali para lhe ajudar.




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