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MILITARIZAÇÃO DAS ESCOLAS | Bolsonaro cria secretaria para militarizar as escolas

De acordo com o decreto 9.465 de 2 de janeiro, em seu artigo 16, foi criada a subsecretaria de fomento às escolas cívico-militares. É a primeira medida oficial de Bolsonaro em sua cruzada contra a educação, que visa instituir um sistema de ensino onde a censura e o assédio serão mais centrais.

Luiz HenriqueProfessor da rede estadual em Resende, RJ

quinta-feira 3 de janeiro de 2019 | Edição do dia

O objetivo do decreto é promover uma adesão progressiva ao modelo de ensino militar nos estados e municípios. O reacionário ministro Vélez Rodrigues já havia antecipado a criação desta secretaria em entrevista durante a posse. Dentre os objetivos da nova subsecretaria consta “criar, gerenciar e coordenar programas nos campos didático-pedagógicos e de gestão educacional que considerem valores cívicos, de cidadania e capacitação profissional necessários aos jovens.”

Não é mistério que foi uma parte central da campanha de Bolsonaro o ataque as escolas, aos professores e ao movimento estudantil. Sob as bandeiras de “combate a doutrinação ideológica” e “combate a ideologia de gênero”, e da campanha em favor do projeto "escola sem partido", Bolsonaro construiu unidade com setores mais conservadores e obscurantistas da sociedade no sentido de combater qualquer concepção pedagógica mais progressista, através do assédio e da censura generalizada. A nomeação de Vélez Rodriguez atende a indicação do guru da “nova direita” Olavo de Carvalho, notório reacionário, e tem como objetivo tentar garantir que apenas a ideologia reacionária da direita esteja presente nas escolas.

Movimentos de professores e estudante vieram se destacando no último período pela resistência que impuseram a todos os ataques dos capitalistas que desejam fazer a população pagar pela crise, enxergando além do corporativismo. É preciso intensificar a mobilização destes setores a partir de assembleias e reuniões em todos os locais de estudo e trabalho para forçar as direções dos sindicatos e centrais sindicais para fazer valer a força da classe trabalhadora nesta luta.




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