terça-feira 12 de maio de 2020 | Edição do dia
Bolsonaro expandiu o decreto que define diversas categorias como essenciais na pandemia, incluindo serviços como academias de esportes, salões de beleza e barbearias, incluindo também restaurantes e hotéis de estrada na lista de estabelecimentos de serviços essenciais. O decreto da essencialidade já garantiu que patronais do telemarketing e de outros setores explorassem trabalhadores sem entregar EPI’s, liberar grupos de risco ou dar licença para quem estivesse com suspeita de contágio pela covid-19.
Agora Bolsonaro sinaliza a grandes capitalistas dizendo que fará de tudo possível que estiver em suas mãos para garantir o lucro de pequenos, médios e grandes proprietários durante a pandemia. O lucro acima da vida é a palavra de ordem de Bolsonaro.
O decreto prevê ainda a regra estipulada pelo Supremo Tribunal Federal, em que este estipulou que cabe a Municípios e Estados a decisão sobre quais estabelecimentos podem abrir e quais podem fechar durante a pandemia. O STF colabora com os governadores que posam de oposicionistas a Bolsonaro mas igualmente nada fazem pela saúde dos trabalhadores, impondo as quarentenas mas apenas com medidas de repressão, sem medidas para garantir atendimento no SUS - pelo contrário, estes entraram agora no STF contra o pedido de fila única no Sistema Único de Saúde.
Bolsonaro por sua vez garante o apoio de empresários ao seu governo, na cena que incluiu até uma semi-passeata com empresários até o STF, aonde estes choraram que seus lucros advindo da exploração do trabalho alheio seriam afetados pelas medidas de quarentena.
Vale tudo pelo lucro, enquanto a taxa de mortes passa de 11 mil - segundo os números rebaixados do Ministro fantoche Teich - e o número de trabalhadores com salários reduzidos pelas MP’s do governo chegou à 7 milhões segundo os números do economista de araque e ultraliberal Paulo Guedes, Bolsonaro preocupa-se em garantir que a máquina de sugar o trabalho das massas e gerar lucro para poucos siga funcionando. Bolsonaro queima a carne do seu churrasco enquanto sua Secretaria de Comunicação lança slogans dos campos de concentração nazista para deixar bem claro aos capitalistas que estes podem contar com ele.