×

GOVERNO BOLSONARO | Bolsonaro acoberta chefe da SECOM denunciado pela Folha: "Não há ilegalidade"

Fabio Wajngarten, chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, é dono de empresa que presta serviços à emissoras de TV e agências de publicidades, essas recebem verba da SECOM. Denúncias realizadas pela Globo e Folha contém um jogo de interesses conflitante com as verbas publicitárias do governo Bolsonaro.

sexta-feira 17 de janeiro de 2020 | Edição do dia

Chefe da SECOM, Wajngarten é acionista majoritário da FW Comunicação e Marketing, com 95% dos direitos e sua mãe com os outros 5%. A FW presta serviços à emissoras de TV como a Band e Record, que vem tendo um aumento de verbas pela secretaria em oposição à Globo. Emissora vê suas verbas caírem quase pela metade desde o início do governo Bolsonaro, em comparação à governos passados.

Reportagens da Folha e da Globo, expõem um claro conflito de interesses com o cargo ocupado por Wajngarten no governo e na empresa a qual é dono. Dito isto, é importante mensurar que tais denúncias não vem sem um interesse oculto do Grupo Globo, de por Bolsonaro contra a parede e voltar a receber a maior fatia do bolo da verbas publicitárias da pasta.

FW Comunicação e Marketing, também tem relação com agências publicitárias que prestam serviços à Caixa e outras pastas do governo. Trata-se da Artplan, da Nova/SB e da Propeg. O valor chega a R$ 4.500 mensais, segundo confirmou a Propeg à Folha. As três atendem outros órgãos do governo.

Em agosto do ano passado, o próprio Wajngarten assinou termo aditivo e prorrogou por mais 12 meses o contrato da Artplan com a Secom, de R$ 127,3 milhões. Em janeiro, o BNDES renovou por mais um ano o vínculo com a Nova/SB e a Propeg. As duas também conseguiram, respectivamente, esticar contratos com os ministérios da Saúde e do Turismo. Nesses casos, os aditivos foram firmados por outros gestores.

Bolsonaro e Chefe da SECOM, se defenderam das acusações atacando mais uma vez a Folha e a Globo, presidente declarou que Wajngarten é um excelente profissional. Também afirmou que “se foi ilegal, a gente vê lá na frente.” Já Fabio Wajngarten, falou que não está na SECOM para fazer negócios, e que não há ilegalidades ou conflito de interesses. Em nota oficial, Secretaria afirmou que a Folha mente.

Sócio majoritário da empresa, Wajngarten, saiu da gerência da empresa dias antes de assumir cargo no governo, mas ainda carregando 95% dos lucros e dividendos da empresa, além de por seu amigo de infância e seu irmão para administrar a FW.

Denúncias como essa demonstram a mais clara ligação do governo Bolsonaro com a fatia mais nojenta do classe de capitalistas brasileiros, com a reforma da previdência sendo um grande negócio para o BTG Pactual, banco fundado por Paulo Guedes, e verbas publicitárias sendo majoritariamente destinadas a emissoras amigas do presidente.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias