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PRIMEIROS BEBÊS E JOVENS MORREM POR COVID-19 | Bêbes e jovens são vítimas fatais de COVID-19 no Brasil: o descaso dos governos é cúmplice

Um bebê de 3 meses morreu no Ceará e um recém-nascido foi diagnosticado em São Paulo. Três adolescentes já tiveram óbito registrado em decorrência da doença no país.

terça-feira 7 de abril de 2020 | Edição do dia

Um recém-nascido foi diagnosticado com o novo coronavírus no Hospital e Maternidade Santa Joana, na cidade de São Paulo. Ele permanece isolado na UTI Neonatal exclusiva, sem proximidade com pacientes.

Inicialmente, o bebê apresentou um problema gastrointestinal, sintoma menos recorrente da doença causada pela covid-19. Os sintomas mais comuns são tosse seca, febre e dificuldade para respirar. Antes de ser diagnosticado, o recém-nascido dividia o mesmo ambiente com outros três bebês. Um deles também testou positivo para o coronavírus, mas, como estava assintomático, recebeu alta no sábado.

O Santa Joana registrou também a entrada de uma paciente com 32 semanas de gestação e quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), e, por isso, houve necessidade de antecipar o parto. O feto, porém, não sobreviveu, em consequência da gravidade do quadro de saúde materno. Outras gestantes que passaram pela maternidade e testaram positivo para o coronavírus estão em isolamento domiciliar, segundo o hospital, por apresentar quadro leve da doença e se recuperam "dentro do esperado".

Ceará

Uma bebê de 3 meses de idade diagnosticada com o novo coronavírus morreu na sexta-feira, no Ceará. A criança apresentava sintomas semelhantes à gripe e deu entrada em um hospital em Iguatu, a 380 km de Fortaleza, onde morreu em decorrência de complicações como pneumonia.

Os primeiros sintomas da bebê surgiram no dia 5 de março. No dia 11, a família viajou para Fortaleza para levá-la ao Hospital Albert Sabin, onde fazia acompanhamento médico por ser portadora da Síndrome de Bartter. A suspeita é que a criança tenha se contaminado com o vírus na viagem para Fortaleza.

Adolescentes também foram vítimas fatais

São Paulo e Pernambuco já registraram três mortes de adolescentes por Covid-19. A Secretaria da Saúde de Pernambuco confirmou nesta segunda-feira, 6, a morte de um adolescente de 15 anos pelo novo coronavírus. O jovem é a vítima mais nova registrada em Pernambuco, que já relata 223 diagnósticos confirmados e 30 óbitos por covid-19. Na análise do governo, o Estado caminha para a fase de "aceleração descontrolada" da doença.

Segundo a pasta, o adolescente morava em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, e apresentava problemas neurológicos. Ele havia dado entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município apresentando sintomas de febre, tosse e dispneia.

O Estado de São Paulo já tem duas mortes de adolescentes pela covid-19. Os dados são do boletim sobre a situação epidemiológica, disponível no site da Secretaria Estadual da Saúde, e indicam que, do total de 304 mortes, duas foram de pessoas entre 10 e 19 anos de idade.

A primeira morte nesta faixa-etária por covid-19 foi registrada no boletim do dia, e a segunda foi registrada em boletim do dia 4.

Inicialmente, as duas mortes foram registradas como de adolescentes com fatores de risco, mas a partir do dia 5 de abril o boletim começou a mostrar uma delas como não tendo nenhum fator de risco associado.

Procurados, a secretaria paulista e o Ministério da Saúde não deram mais detalhes.

Por mais que os governos e a imprensa procurem apresentar tais casos como “fatalidades”, sabemos que há responsabilidade direta dos governantes pelo alto número de contaminados e mortes. No caso de Bolsonaro, é evidente: seu negacionismo absurdo e suas declarações escandalosas de que apenas idosos morrem e de que tais mortes seriam “aceitáveis” revolta qualquer um. Mas muitos vem louvando outros representantes do Estado, desde Mandetta – parte do próprio governo Bolsonaro – a governadores de direita e extrema-direita como Doria e Witzel.

O fato é que, para além de medidas de fechamento do comércio e mandar as pessoas “ficarem em casa”, pouco, quase nada tem sido feito. Sequer testes massivos tem sido garantidos, nem pessoas que apresentam sintomas e procuram o sistema de saúde têm tido acesso a testes, e centenas têm sido enterrados sem diagnóstico. As fábricas que poderiam produzir testes e respirados não são reconvertidas, e não estão sendo contratatados emergencialmente profissionais da saúde, ou confiscados hotéis, SPAs e resorts para fazer centros de tratamento. Em SP, por exemplo, insalubres hospitais “de campanha” estão sendo feitos no Pacaembu e Anhembi, locais insalubres e totalmente inadequados. Alimentação de qualidade não está sendo garantida, nem medicamentos que vem sendo apontados mundialmente como capazes de curar contaminados em estágios iniciais da doença. Certamente, as mortes dos bebês e jovens aumentarão, e muito, se os governantes seguirem implementando sua política criminosa.




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