Após o terremoto causado pelas declarações dos diretores da JBS, que apontam Temer comprando silêncio de Cunha e operando outros esquemas, analistas afirmam que a base parlamentar do presidente golpista o abandonou e pode pedir sua renúncia.
quinta-feira 18 de maio de 2017 | Edição do dia
As sessões da Câmara e no Senado foram abruptamente encerradas após a divulgação da delação da JBS que aponta Temer comprando o silência de Cunha. Jornalistas da burguesia já tratam praticamente como fato dado que sua base parlamentar o abandonará, o que pode aprofundar a crise no país pois dificultaria a aprovação das reformas.
É também cogitada com força a possibilidade de aqueles que, até algumas atrás eram a base parlamentar do presidente golpista, pedirem sua renúncia frente a situação insustentável que se abre. Embora o governo queira pintar um clima de normalidade, é bastante evidente que o dia de hoje é determinante para a manutenção ou não do governo.
A crise política que neste momento se agudiza coloca a queda do governo Temer na ordem do dia por diversos meios. Mas se apenas forem trocados os jogadores, todas as reformas que hoje Temer não conseguirá aprovar devido às delações da JBS serão rapidamente colocadas em pauta novamente. É necessário lutar por mudanças mais profundas, batalhar por eleições para delegados de todo o país para uma nova constituinte livre e soberana, que comece por revogar todas as leis antipopulares de Temer e dos últimos.
É necessário ir às ruas em todo o país neste dia 18 e mostrar que, mesmo com a queda de Temer pelas mãos do congresso ou judiciário e até sua renúncia, as reformas não serão aceitas.