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REFORMA POLÍTICA | Base aliada de Temer pressiona pela Reforma Política antidemocrática

Preocupados com 2018, deputados da base aliada de Temer querem agora concentrar esforços para tornar o processo eleitoral ainda mais antidemocrático e restrito e dar continuidade aos ataques. O prazo para a aprovação na Câmara e no Senado é de 60 dias para que valha para 2018.

sexta-feira 4 de agosto de 2017 | Edição do dia

Para os setores da casta política que apoiaram o arquivamento das denúncias contra Temer, não há tempo a perder. Querem aprovar a Reforma Política até um ano antes do pleito para garantir a continuidade dos ataques para 2018.

Seus objetivos centrais são, em primeira instância, a criação de um fundo de campanha público, de cerca de 3,5 bilhões, para contornar a proibição referente às arrecadações das empresas e em resposta à ofensiva da Lava Jato, mas também visam à aprovação da cláusula de barreira (desempenho), como um ataque direto à esquerda e ao surgimento de novos partidos no Brasil, o fim das coligações políticas e a antecipação da janela partidária, que permita aos políticos migrarem de partido sem perderem seus mandatos, reforçando o fisiologismo do regime. Existem ainda propostas em torno do “distritão”, que fortalece os caudilhos locais.

Ao mesmo tempo em que a base de Temer o pressiona pela Reforma Política, Meirelles já declarou que a Reforma da Previdência deve ser aprovada até Outubro e, como emenda à Constituição, exigiria 308 votos favoráveis, sendo que 263 votaram pelo arquivamento da denúncia na última quarta-feira.

Nesta quinta-feira, em entrevista ao jornalista Reynaldo Azevedo, o golpista Temer, além de defender a cláusula de barreira e o fim das coligações partidárias, declarou que “não seria despropositado” o regime parlamentarista no Brasil até 2018.

Essa declaração de Temer e a gana de sua base aliada em reformar o regime político tornando-o ainda mais antidemocrático reforçam sua necessidade em garantir novos ataques para 2018. Ao mesmo tempo em que é colocado para os jovens e trabalhadores que eles participem dessa democracia dos ricos de 4 em 4 anos, enquanto os golpistas decidem os rumos de suas vidas, precarizando o trabalho, atacando a educação, acabando com a aposentadoria, querem tornar impossível a construção e participação de partidos que possam fortalecer a luta dos trabalhadores.

Apenas essa luta, organizada em cada local de estudo e trabalho, pode fazer emergir uma saída política que questione a podridão do regime de conjunto, batalhando por uma resposta sua, colocando a necessidade da revogabilidade dos mandatos, do fim do Senado, de que todo político ganhe igual a um professor. Para isso, é necessário impor, a partir de uma greve geral pela base, uma Constituinte Livre e Soberana na qual os trabalhadores e jovens se choquem com os interesses dos ricos e poderosos e possamos aprofundar a necessidade de um governo de ruptura com o capitalismo.




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