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RECESSÃO | Banco Central faz nova previsão para a recessão: a terceira pior da história

sexta-feira 25 de setembro de 2015 | 00:00

Com o Brasil em meio a um nível de estagflação, quando há um aumento dos preços ao mesmo tempo em que a atividade se retrai, o Banco Central (BC) passou a prever que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 deverá registrar retração de 2,7%.
A informação consta do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta quinta-feira, 24. Na edição anterior, a previsão do BC era de uma queda de 1,1% para a economia brasileira este ano.

A piora da projeção foi puxada por uma expectativa de mais recessão tanto na indústria quanto no setor de serviços. Pelas novas projeções, o PIB do setor agropecuário vai crescer 2,6% ante 1,9% da estimativa anterior. Já a projeção para a indústria passou de -3% para -5,6%. O setor de serviços, de acordo com o BC, deve ter uma queda de 1,6% - no relatório de anterior, o BC contava com uma queda de 0,8%.

Ainda de acordo com o RTI, o consumo das famílias deve ter queda de 2,4% em 2015, enquanto o do governo, de 1,4%.

O BC revelou que sua estimativa para o crescimento do PIB no segundo trimestre de 2015 deve ser de queda de 2,2%. No mercado financeiro, as previsões para a atividade seguem também negativas. No boletim Focus, que é divulgado pelo BC após consulta a consultores de bancos, a mediana para o PIB deste ano está negativa em 2,70% e, para 2016, apresenta continuidade da recessão com queda de 0,80%.

O resultado de -2,7% previsto tanto pelos bancos como pelo BC faz deste resultado o terceiro pior na história do país. Nos dados disponíveis no site do IBGE resultados inferiores só ocorreram em 1990 e 1981, períodos de aguda crise econômica e política. Também será uma novidade na história do país o acumulo de dois anos seguidos de recessão, isto nunca aconteceu desde 1945, nem mesmo na chamada “década perdida” dos anos 80.

A agudez da crise é sentida pelos trabalhadores nas demissões em massa na indústria, na construção civil e na dificuldade para conseguir um novo emprego. Esta situação da economia e seu record histórico contrastam com o discurso oficial de “marolinha” de poucos anos atrás. Em pouco tempo do segundo mandato de Dilma conquistas econômicas e sociais de todo período petista estão sendo “rebobinadas” rapidamente, mostrando a superficialidade daquelas conquistas que muitos intelectuais diziam “históricas”.

Esquerda Diário / Agência Estado




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