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BOPE e Batalhão de Choque podem causar novo massacre no presídio de Alcaçuz

quinta-feira 19 de janeiro de 2017 | Edição do dia

Policiais militares do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) entraram mais uma vez na Penitenciária de Alcaçuz para "tentar retomar o controle da unidade". A invasão aconteceu às 17h13 (18h13 no horário de Brasília) desta quinta-feira (19).

Segundo o governador Robinson Faria, o objetivo da operação "é separar as duas facções". Em entrevista à GloboNews, ele afirmou que pretende construir "uma parede física para separar o PCC do Sindicato do RN”.

Segundo o governador, a Polícia Militar permanecerá dentro da penitenciária até a construção da parede. Até lá, os PMs formarão uma espécie de “paredão humano” para conter os detentos.

No último final de semana, 26 pessoas morreram em uma rebelião - nesta quinta, houve outro confronto entre as facções, também com mortes, mas o número de vítimas não foi informado.

Nesta terça-feira, o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, disse que "não importa o que haverá dentro de Alcaçuz desde que ninguém saia". "Temos que trabalhar agora para evitar a fuga porque pode causar pânico na população", ressaltou Faria em Brasília, após reunião com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Segundo o governador, toda a área ao entorno do presídio está cercada pelo policiamento. "Não vão fugir. Está tudo cercado", garantiu.

Segundo o governador, a entrada dos policiais visa "permitir a construção de uma parede física para separar o PCC do Sindicato do RN”. Os policiais farão uma "corrente humana", e permanecerão dentro da penitenciária até a construção de uma parede física que possa separar os presos.

O Batalhão de Choque e o BOPE são parte das forças mais repressivas do Estado. É notório que, como divulgado em diversas mídias, a maior parte dos detentos não está vinculada a qualquer uma das facções, são atores de pequenos furtos e a maior parte dos quais sequer foi julgada. Novamente, a cumplicidade entre as facções e o Estado poderá provocar um novo massacre nos presídios.




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