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GOVERNO BOLSONARO | BC propõe fim do monitoramento de parentes de políticos em meio aos escândalos da família Bolsonaro

Na semana em que Jair Bolsonaro, Paulo Guedes e Sérgio Moro aterrissaram em Davos para dizer ao mercado que entregam todas nossas riquezas e direitos em nome do divino lucro estrangeiro, o Banco Central, distante dos holofotes, lançou uma consulta pública para modificar regras sobre o monitoramento obrigatório de parentes de políticos.

sexta-feira 25 de janeiro de 2019 | Edição do dia

A consulta não vem em qualquer momento: Flávio Bolsonaro é alvo nas últimas semanas de investigações que mostram transações milionárias e ilegais. A decisão interferiria diretamente na atuação da COAF que hoje investiga Flávio Bolsonaro e a primeira dama, Michele Bolsonaro. Foi apontado também que possivelmente teria sido funcionário fantasma em Brasília de seu próprio pai, Jair Bolsonaro, enquanto estagiava e estudava no Rio. E a mais grave de todas, que empregou em seu gabinete e depois homenageou, milicianos que são apontados como suspeitos centrais do assassinato de Marielle Franco.

Já Michelle Bolsonaro, que recebia dinheiro de Queiroz em sua conta, terá seus dados analisados a partir dessa semana pela Receita Federal segundo matéria do jornal “Valor Econômico”, em investigação que envolverá ao menos 27 deputados estaduais e 75 funcionários.

O anúncio da consulta, que repercutiu amplamente na mídia, veio seguido nos últimos dias de mais uma medida arbitrária: o governo avança em tempo e abrangência de dados considerados ultra-secretos e secretos, constituindo uma nova casta, de centenas do alto escalão que poderão decretar como sigiloso dados públicos, dificultando investigações e análises da imprensa.

Sérgio Moro, atual Ministro da Justiça, e que transferiu o COAF (Conselho de Atividades Financeiras) para seu controle, deu declarações vagas na Suíça sobre o tema. Sobre seu filho, Bolsonaro oscilou na última semana de demagogicamente dizer que era preciso investigar Flávio para depois dizer que “seu garoto” de 37 anos era alvo de perseguição.

Vejamos se o governo terá força para avançar com mais essa medida para proteger seu clã. Uma coisa é certa: para quem foi eleito com a bandeira da transparência e de combate à corrupção, esse governo tem trabalhado forte em 25 dias para varrer tudo para debaixo do tapete.




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