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DESIGUALDADE | Aumento da desigualdade: mais de 104 milhões de brasileiros vivem com meio salário mínimo

A renda dos mais pobres caiu 3,8%, enquanto a renda dos mais ricos aumentou 8,2%, resultado dos ajustes e o descarregamento da crise em cima da classe trabalhadora para que os capitalistas salvem seus lucros.

sexta-feira 8 de novembro de 2019 | Edição do dia

Em períodos de crise sabemos que os grandes empresários e banqueiros fazem de tudo para manter seus lucros, e assim garantir a continuação de suas vidas altamente luxuosas. Enquanto isso, grande parte da população vive em estado profundo de pobreza, trabalhando em serviços precários, ganhando pouco, trabalhando muito, em uma rotina exaustiva em que um mero momento de lazer é uma raridade.

Essa é a realidade que vemos no Brasil atualmente. Em torno de 104 milhões de brasileiros vivem com o equivalente a meio salário mínimo. Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua, os 50% mais pobres da população, o equivalente a 104 milhões de pessoas, viviam em 2018 com apenas $413,00 per capita, e 5% da população, ou seja, 10.4 milhões de brasileiros, sobreviviam com apenas 51 reais mensais. O levantamento demonstrou ainda que houve um aumento da desigualdade em nosso país. A renda domiciliar per capita dos 5% mais pobres caiu 3,8% de 2017 para 2018, enquanto a renda da fatia mais rica - 1% da população - cresceu 8,2%.

Hoje, com um desemprego que atinge 12,6 milhões de brasileiros, a taxa de informalidade da população também aumentou, chegando a 41,4% dos trabalhadores, ou seja, a cada 10 trabalhadores, 6 ocupam postos de trabalho mais precários. O número de ambulantes na rua aumentou mais de 500% entre 2015 e 2018.

Os dados explicitam a situação de desigualdade crescente no país, e o que está reservado aos jovens e aos trabalhadores caso não façamos com que sejam os grandes empresários e banqueiros a pagarem pela crise, já que foram eles que criam essa situação, e os que mais se beneficiam dos lucros nos momentos de melhora da economia.

Só os trabalhadores em uma forte unidade com a juventude, por meio de profundas mobilizaçoes construídas através da autoorganização, fará com que possamos lutar contra todos esses ataques, em uma defesa das nossas vidas, que valem muito mais do que os lucros deles.




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