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ARGENTINA | Atos massivos na Argentina em defesa da educação pública

Milhares de pessoas se manifestaram em diferentes cidades por todo o país. O representante da Frente de Esquerda, Nicolás del Caño, explicou a necessidade de uma paralisação nacional para derrubar o ajuste.

sexta-feira 31 de agosto de 2018 | Edição do dia

Na cidade de Buenos Aires, capital do país, uma manifestação massiva caminhou do Congresso Nacional até a Plaza de Mayo onde fica o palácio do governo. Em outras cidades como Córdoba, Mendoza, Jujuy e Neuquén milhares de pessoas também saíram em protesto em defesa da educação pública e contra o ajuste imposto pelo Governo nacional de Mauricio Macri em acordo com o FMI e aprovado pelos governadores peronistas da oposição.

As mobilizações estão se dando no marco de uma luta nas universidades que já dura três semanas com paralisações a nível nacional exigindo aumento do orçamento para a educação e aumento salarial dos professores.

Ao mesmo tempo, se observa um aprofundamento da crise econômica e política que vem arrastando o Governo. Nos últimos dias o dólar disparou e chegou a valer 40 pesos em decorrência de uma corrida cambiária protagonizada pelos grandes empresários aos quais a gestão de Macri vem entregando 200 milhões de dólares diários que são escoados para o exterior.

O impacto inflacionário que terá esta situação é enorme, afetando a classe trabalhadora e o povo pobre, e a indignação popular com essa notícia reforçou as manifestações convocadas pela comunidade universitária.

Durante a jornada ocorrida na quinta-feira, o representante da esquerda presente na manifestação da Plaza de Mayo, Nicolás del Caño, destacou diante das câmeras que a mobilização, “com milhares de estudantes e professores em meio a uma enorme crise, mostra que esta tem que ser uma luta de toda a classe trabalhadora e de toda a juventude: uma luta generalizada, para que a crise seja paga não por nós, mas os especuladores e os grandes banqueiros que são quem a criaram”.

O dirigente da Frente de Esquerda agregou que “é necessário lutar por uma saída de fundo, pela estatização dos bancos, pelo não pagamento da fraudulenta dívida externa e para isso - destacou - é necessário uma paralisação nacional já, sem mais enrolação, para que se expresse essa demanda”.

As marchas tiveram impacto a nível nacional, como mostra as imagens registradas em várias cidades:




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