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REORGANIZAÇÃO ESCOLAR | Ato reúne centenas contra a reorganização: é hora de unificar as lutas pra vencer

O quinto Grande Ato Contra o Fechamento das Escolas aconteceu na manhã dessa sexta-feira, dia 23, pelas ruas do centro de São Paulo e reuniu cerca de 800 pessoas. Acontecendo há 3 semanas, os diversos atos pelo estado apontam a necessidade de unificar as lutas para barrar o projeto de Alckmin e Herman.

Flávia ToledoSão Paulo

quarta-feira 21 de outubro de 2015 | 01:05

Chamado para essa sexta-feira, dia 23 de outubro, o 5o Grande Ato contra a reorganização escolar proposta pelo Governador Geraldo Alckmin e o Secretário de Educação Herman Voorwald contou com a presença de cerca de 800 pessoas, em sua maioria estudantes secundaristas da rede estadual de São Paulo. Com concentração marcada para as 8h no Vão do MASP, o ato começou a andar pouco depois das 9h, seguindo pela Paulista, descendo a Consolação e terminando na Praça da República, em frente à Secretaria de Educação. Estavam presentes estudantes de diversas regiões do estado, muitos vindos de escolas ameaçadas de fechamento.

A postura burocrática da UMES, que novamente impôs o trajeto do ato por meio de seu carro de som sem consultar as centenas de estudantes que ali estavam, incomodou parte dos participantes do ato, que reivindicavam que sua voz fosse ouvida. Sem se sentirem representados pela entidade, mantiveram por todo o trajeto um bloco independente, sendo acompanhados por militantes da Juventude ÀS RUAS! e Professores Pela Base.

UNIFICAR AS LUTAS PRA VENCER

O legítimo incômodo dos estudantes é uma das evidências de que a mobilização deve dar um passo além na sua organização para que avance, levando pras ruas as vozes de cada vez mais gente, construindo um movimento que de fato possa vencer o governo. Nesse momento, é preciso voltar para as escolas, discutir com cada estudante, professor, pais e mães sobre quais as consequências do projeto de “desorganização” de Alckmin: superlotação das salas de aula, demissão de professores e funcionários, transferências compulsórias para outras escolas e fechamento de unidades e turnos de ensino.

O projeto de Alckmin afeta brutalmente estudantes e professores, e para que seja possível vencer e fazer o governo recuar, é fundamental que as duas categorias estejam mobilizadas lado a lado. Da mesma maneira, é urgente que os estudantes universitários se contagiem com o espírito de luta dos secundaristas e estejam nas ruas para barrar esse ataque e o projeto de desmonte que ataca também as universidades estaduais, bastante semelhante.

ARTICULAR COMANDOS DE MOBILIZAÇÃO POR REGIÃO

Para massificar a luta, é preciso avançar nas medidas que já estão sendo tomadas de maneira espontânea em diversos lugares do estado: unir as escolas de cada região, articulando atos conjuntos e pensando ações para unificar com professores e a comunidade escolar. Diversos atos regionais estão acontecendo, mas é preciso ir além e construir comandos de mobilização com representantes de estudantes e trabalhadores das escolas por região, com a responsabilidade de fazer o diálogo com cada comunidade e pensar ações conjuntas, como panfletagens, reuniões, assembleias e atos.

Os comandos de mobilização são fundamentais para garantir uma representação democrática do conjunto dos estudantes, permitindo que todos se expressem e tirem suas dúvidas. A partir desses encontros entre escolas, é possível levar fortes blocos regionais para participar dos atos unificados, como o que ocorreu nessa sexta-feira. Dessa maneira, é possível vencer as burocracias sindicais e estudantis, como a UMES, pressionando para que as ações políticas sejam organizadas a partir de uma real democracia de base.

ALCKMIN, A CULPA É SUA! A LUTA CONTINUA!

No ato dessa sexta-feira, os estudantes secundaristas, de maneira independente da UMES, demonstraram que há muita disposição para lutar e que esses ataques encontrarão muita resistência, sendo possível barrá-los. Para a próxima semana estão sendo convocados diversos atos, panfletagens e eventos sobre a reorganização.

Na Zona Oeste, os estudantes de diversas escolas estão chamando um ato dia 26/10, às 8h no cruzamento da R. Prof. Francisco Morato com a Av. Vital Brasil, depois de terem sido reprimidos pela Polícia Militar em ato na manhã de sexta-feira. No dia seguinte, terça-feira, às 12h20, acontecerá um ato em frente à E. E. Maria Eugênia Martim, que corre o risco de ser fechada, junto de outras escolas da região.

Na quinta-feira, dia 29/10, a Apeoesp está convocando uma assembleia dos professores e um grande ato unificado de professores e estudantes no Vão do MASP, com concentração às 15h. Na sexta-feira, acontecerá uma assembleia de estudantes da Zona Oeste, às 14h, no Largo da Batata.

Para discutir o projeto de reorganização e os passos seguintes da luta em defesa da educação pública, a Juventude ÀS RUAS! convida a todas e todos para uma reunião aberta nessa quinta-feira, dia 29, às 13h no Vão do MASP, antes do ato.




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