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MINISTÉRIO DA CULTURA | Ativistas da cultura ocupam prédios em várias cidades do Brasil

Juan ChiriocaRIO DE JANEIRO

terça-feira 17 de maio de 2016 | Edição do dia

Uma vez o presidente interino Temer assumindo com o seu governo golpista, reorientou rapidamente as ações no caminho dos cortes orçamentários e os ataques aos trabalhadores. Nesse sentido o governo do Temer pretende extinguir o Ministério da Cultura (MinC) disfarçando esse retrocesso de reorganização administrativa transformando o MinC em apenas uma secretária dentro da pasta do Ministério de Educação.

O ataque representa um retrocesso e evidencia o caráter abertamente reacionário do novo governo do PMDB. Esse ataque causou grande indignação, não só na comunidade artística e ligada às atividades do campo da cultura mas também num amplo setor da sociedade brasileira. Vários artistas já tem se pronunciado repudiando a decisão do governo de Michel Temer.

Esse grande ataque à cultura no Brasil motivou o movimento #MincResiste o que já tem se traduzido concretamente na organização de setores e na ocupação de lugares ligados ao Ministério da Cultura. Primeiro, em Paraná, foi ocupada a sede do IPHAN-PR na cidade de Curitiba na sexta-feira 13 de maio. Segundo o manifesto desta ocupação, não reconhecem "a extinção do ministério da cultura, área que é central e estratégica para o desenvolvimento da sociedade brasileira. Não reconhecemos o governo ilegítimo de Michel Temer.(...)O movimento de ocupação o IPHAN em Curitiba também acha insustentável o argumento do corte do Ministério da Cultura para diminuir os gastos do orçamento público, pois o dinheiro destinado ao ministério é um dos menores do orçamento do governo federal. Em resposta a isso o manifesto da ocupação afirma que "é o arrolamento dos juros sobre a divida pública o principal responsável por sangrar o orçamento público, defendemos a auditoria cidadã da divida pública como real ajuste das contas do estado".

Mais de 60 pessoas ativistas da cultura , dos direitos humanos e outros setores organizaram-se em Belo Horizonte para ocupar desde o dia sábado 15 de maio a sede da Funarte-MG. A ocupação já organiza assembleias e levantou já uma programação cultural aberta para o fortalecimento da iniciativa. Segundo Fernando, presente na ocupação da Funarte-MG e estudante do Rio de Janeiro, uma das preocupações do movimento em Minas Gerais foi que "não se defina por uma pauta espontânea que se resume a extinção do Minc, na verdade o que ta por trás de todo isso é esse golpe que ta acontecendo no Brasil, Temer que assume o poder neste momento no lugar da presidenta Dilma e isso que ta por trás do ocupa de lá". E acrescentou que "não estamos dispostos a negociar pelo retorno do Ministério da Cultura nesse governo interino do Michel Temer, não vamos negociar com esse governo”.

Esta ocupação em Belo Horizonte se coloca "contra a perda de direitos, o desmantelamento das políticas públicas culturais e sociais, os retrocessos já colocados em prática e o governo provisório golpista, e convoca todas e todos para o momento de luta e resistência".

No Rio de Janeiro outros setores também radicalizaram em defesa da cultura ocupando o Palácio Gustavo Capanema Sede atual da Funarte-RJ, a palavra de ordem no momento da ocupação foi "Fora Temer, Fica MinC!" compartilhamos embaixo o vídeo do momento da ocupação da Funarte-RJ da Mídia Ninja

Hoje, terça-feira 17/05 está convocado um ato nacional contra a extinção do Ministério da Cultura em São Paulo e a tendência é que provavelmente ocorram outras ocupações em outras cidades do Brasil. Quinta-feira 19/05 também tem outro ato em repúdio à extinção do MinC na frente da Funarte-SP.


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