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GREVE BANCÁRIOS - QUARTO DIA | Ativistas bancários paralisam prédio do Bradesco em São Paulo

A ação contou com a adesão de bancários da oposição e companheiros que vieram a partir das discussões nos locais de trabalho. A situação chegou a ficar tensa com o sindicato cutista, que queria flexibilizar a ação em acordo com a direção do banco.

sábado 10 de outubro de 2015 | 00:01

Nesta sexta-feira, a greve dos bancários continuou se fortalecendo. Segundo todos os informes é uma greve mais forte que a de anos anteriores. Não é para menos, pois apesar dos bancos seguirem tendo lucros enormes apesar da recessão, oferecem um reajuste abaixo da inflação.

Um ponto alto da greve em São Paulo este ano, é que está aparecendo uma situação mais favorável para a participação de setores novos em ações como piquetes. Hoje no prédio do Bradesco e ao longo da semana, a presença mesmo que em pequeno número de novos trabalhadores, deu um novo gás para os ativistas que já vem de experiências em greves anteriores.

Geralmente as ações que o Sindicato dos Bancários de São Paulo, filiado a CUT e o principal a nível nacional, são acordadas com as direções dos bancos privados e públicos, o que impede que elas realmente afetem o lucro das empresas. Esse foi o motivo da tensão na atividade de hoje. A todo custo os diretores do sindicato queriam impor sua linha de colaboração com o Bradesco, contra a vontade de dezenas de bancários ali presentes.

Isso não e nenhuma novidade para o PT, que governa de mãos dadas com os bancos. O mesmo partido que colocou um representante do Bradesco no Ministério da Fazenda, atua na direção do sindicato para não prejudicar os lucros do seu aliado. Foram os trabalhadores da base, junto com a oposição bancária, que garantiram a ação.

“Para barrar a política de arrocho salarial, vamos precisar enfrentar não só os bancos, mas também o governo Dilma e o PT. O arrocho salarial que querem nos impor é uma parte do ajuste que estão jogando pra cima de toda classe trabalhadora e do povo. Nosso sindicato, na mão do PT, não promove o ativismo entre os bancários, não convoca e não constrói ações como a de hoje por que tem medo de perder o controle.” Disse Thais Oyola, delegada sindical da Caixa Econômica Federal, que acompanhou a paralisação do Bradesco hoje.




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