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ATENTADO IRAQUE | Atentados a bomba reivindicados pelo Estado Islâmico matam 125 no Iraque

domingo 3 de julho de 2016 | Edição do dia

Pelo menos 125 pessoas morreram e centenas ficaram feridas em dois ataques a bomba em Bagdá, capital do Iraque, na manhã deste domingo (3).

No ataque mais letal, um carro explodiu em Karada, um distrito comercial no centro de Bagdá, matando ao menos 119 pessoas e ferindo quase 200 pessoas.

Uma região comercial, com uma sorveteria bem conhecida foi o alvo dos jihadistas, na madrugada do domingo, em uma das mais movimentadas noites do fim do Ramadã. Um motorista suicida explodiu um veículo de transporte refrigerado carregado de bombas que detonou perto da popular sorveteria Yabar Abu al Sharbat de Karrada, no meio da multidão comemorando a noite do Ramadã e a proximidade das festividades que seguem o mês sagrado muçulmano no início da próxima semana. A explosão destruiu várias lojas próximas no bairro.

O Daesh (sigla árabe do Estado Islâmico) assumiu a responsabilidade pelo massacre, um dos mais mortais registrados no Iraque até agora este ano: “No marco das permanentes operações de segurança dos soldados do califado na cidade de Bagdá, o mujahedin Abu Maha al Iraqi conseguiu explodir seu carro-bomba em uma concentração de renegados [referindo-se aos muçulmanos xiitas]”.

O primeiro-ministro iraquiano Haidar al Abadi, foi vaiado e atacado por moradores do distrito de Karrada, alguns dos quais atiraram pedras contra seu comboio. Apesar da irada reação popular, Al Abadi disse no mesmo lugar do ataque que “os terroristas, depois de terem sido esmagados nos campos de batalha, cometem ataques desesperados”.

Al Abadi estava se referindo à recente reconquista de Falluja – uma cidade estratégica localizada às portas de Bagdá – após violentos combates entre as forças leais a Bagdá e as milícias do Estado Islâmico, que voltaram a recuar. A ofensiva lançada contra Mosul, a principal cidade que permanece nas mãos do EI no norte do Iraque e onde o grupo proclamou seu califado há dois anos, ameaça deixar os jihadistas com pouco controle sobre a população sunita e, consequentemente, sem a razão de sua existência como organização que aspira a manter um Estado.

A explosão de outro carro-bomba, logo após, espalhou o terror no mercado de Shalal, a nordeste de Bagdá e de população também majoritariamente xiita. Este segundo atentado causou um morto e cinco feridos.

Este novo atentado ocorre dias depois da ação reivindicada pelo Estado Islâmico na Turquia, o atentado é o mais mortal a atingir a maior cidade turca desde 2003 e o quinto em um ano. Estes ataques acontecem num momento de debilidade da facção sunita, em que as posições do Estado Islâmico no Iraque e na Síria estão sendo alvejadas pela coalizão liderada pelos Estados Unidos, com a retomadas das cidades estratégicas de Ramadi e Fallujah.




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