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USP | Assembleia dos trabalhadores da USP escolhe seus candidatos ao Conselho Universitário

Ontem, 13 de fevereiro, a Assembleia de Trabalhadores da USP convocada pelo Sintusp escolheu seus candidatos a eleição para o Conselho Universitário, órgão máximo de deliberação da Universidade de São Paulo. Foram eleitos três candidatos para representar os trabalhadores com o compromisso de seguir as deliberações das assembleias no combate contra o desmonte da universidade.

sexta-feira 14 de fevereiro de 2020 | Edição do dia

Foram eleitos para concorrer às três vagas – sendo duas com votação no dia 5 de março e a terceira vaga destinada para agosto – Bárbara Dellatorre (Babi), funcionária do Hospital Universitário e integrante do Movimento Nossa Classe e do grupo de mulheres Pão e Rosas, Reinaldo Santos de Souza, do PSTU e diretor do Sintusp, e Vania Ferreira Gomes Dias funcionária da Escola de Enfermagem e diretora do Sintusp (para concorrer em agosto). Os três candidatos indicados pela categoria em assembleia assumem, assim, o compromisso de seguir as deliberações dos trabalhadores a partir de seus fóruns.

O Conselho Universitário (CO) é o órgão máximo de deliberação da universidade. No entanto, a representatividade de cada setor da universidade (estudantes, funcionários e docentes) é bastante estratificada, estabelecida por um Estatuto feito na época da Ditadura Militar. Mais de 85% das cadeiras no CO é de diretores das unidades de ensino e pró-reitores (altos cargos de docentes titulares no topo da carreira) e um membro de cada congregação. Também possuem cadeiras permanentes Fundações privadas e entidades patronais como a FAPESP (Fundação de Pesquisa), FIESP, FECOMERCIO e FAESP. O restante das vagas é ocupado por estudantes e 3 vagas para a representação dos funcionários da universidade. Ou seja, um espaço nada democrático, embora possua um grande poder para decidir os rumos da universidade.

Assim, a batalha que os representantes dos funcionários travam não é para convencer a alta casta de privilegiados que compõe o conselho, mas para fortalecer a mobilização de estudantes e trabalhadores contra a precarização do trabalho e do ensino, contra o governo Bolsonaro e Dória que sistematicamente atacam a educação e a saúde, contra o desmonte da universidade para que esta esteja verdadeiramente à serviço dos trabalhadores e do povo pobre.

Babi Dellatorre declarou: “É preciso mais mulheres trabalhadoras no CO para combater essa burocracia universitária que está mais preocupada em aumentar seu próprio salário, eles que já ganham muito e tem milhares de privilégios, enquanto milhares de trabalhadoras terceirizadas recebem um salário de fome e estão sujeitas a todo tipo de arbitrariedades e precariedade. É preciso defender o Hospital Universitário para reabra os prontos-socorros e atenda a população com sua plena capacidade. Por isso, defendo o programa que nossa categoria aprovou ‘uma estatuinte livre e soberana’ para que sejam os estudantes, trabalhadores e professores que dirijam a universidade dissolvendo assim este antidemocrático conselho para colocar todo o conhecimento que é produzido aqui a serviço da população. Estarei junto com Reinaldo em campanha assumindo esse compromisso com nossa categoria. E em agosto também em campanha para eleição da companheira Vânia!”




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