terça-feira 14 de março de 2017 | Edição do dia
Apesar das ameças de João Doria e Geraldo Alckmin aos metroviários e aos condutores de ônibus, os metroviários acabaram de votar em assembleia que vão parar sim amanhã durante 24 horas.
Falamos com o metroviário Felipe Guarnieri, dirigente do MRT, organização que impulsiona o Esquerda Diário sobre a assembleia e a votação da greve amanhã:
"Nós, metroviários, aderimos à paralisação nacional combatendo as reformas da previdência e trabalhista do governo Temer e do congresso, as ameaças dos tucanos Alckmin e Dória, e todos os ataques dos empresários. Estamos em um momento decisivo, os metroviários tem um peso social determinante e podemos colocar nossa força para que essas reformas não passem. Temos visto a disposição de luta dos trabalhadores em várias categorias para entrar nessa paralisação. As centrais sindicais demoraram a convocar esse dia, foram o descontentamento e a pressão da base que fizeram esse dia de paralisação ser possível. Os governantes estão sentindo nossa força e por isso nos ameaçam. Não nos deixemos intimidar. Essa paralisação de amanhã, junto à greve da educação, pode ser um ponto de partida para organizar já um verdadeiro plano de luta, que construa uma verdadeira greve geral, exigimos isso das centrais sindicais. Que sejam os capitalistas, e não nós trabalhadores, que paguem pela crise! Organizar essa luta seriamente pode permitir não só barrar esses ataques, mas questionar todos os problemas do país, por isso nós do MRT defendemos impulsionar uma Assembleia Constituinte para não pagar a dívida pública e garantir dinheiro para a aposentadoria, saúde e educação, re-estatizar sob controle dos trabalhadores as empresas privatizadas, e colocar todo o transporte sob controle de trabalhadores e usuários para garantir que não seja o lucro mas o direito dos trabalhadores que prevaleça."
Veja também um comentário posterior em vídeo que Felipe Guarnieri gravou no término da assembleia:
