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DEMISSÕES NA INDÚSTRIA | Assembleia da Mercedes Benz decreta greve por tempo indeterminado

Maíra MachadoProfessora da rede estadual em Santo André, diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT

quarta-feira 22 de abril de 2015 | 13:50

Frente ao anúncio de 500 demissões sumárias dos trabalhadores que estavam em Lay-off, hoje desde muito cedo, centenas de funcionários da Mercedes reuniram-se em assembleia e votaram greve por tempo indeterminado até que as demissões sejam revertidas.

Moisés, delegado sindical da fábrica, diz que “fica difícil negociar quando a proposta da empresa é só demissão, se batem em um hoje, batem nos outros amanhã”. Além disso, Moisés afirmou que “tem que gritar no ouvido da presidenta, porque ela está moca... e nós temos a moral de cobrar...ela tem que fazer o ajuste (fiscal) dela sem mexer nos empregos.”

Rafael Marques, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, disse que a Mercedes nem mesmo mandou carta de demissão para os funcionários e foi a imprensa que anunciou que os trabalhadores afastados pelo lay-off não voltariam mais para a fábrica. Rafael fez a proposta de greve, que foi aprovada de forma unânime pelos trabalhadores.

Tanto Moisés, quanto Rafael discursaram em torno de uma crítica a Dilma, que se desdobra na exigência de que o governo federal efetive o Programa de Proteção ao Emprego, justo nesse momento, a Câmara dos Deputados aprova o PL 4330 que legitima a terceirização das atividades fim. Porém, a crítica dos sindicalistas está ligada a uma necessidade de se relocalizar frente aos trabalhadores, já que nas eleições presidenciais defenderam fortemente a reeleição do PT, garantindo aos trabalhadores que Dilma não mexeria nos direitos trabalhistas, o que temos visto desde o início do ano que é uma falácia.

Unidade dos trabalhadores

Hoje, o Comando de Greve dos professores de Santo André esteve presente na assembleia da Mercedes, levando solidariedade a luta contra as demissões e expressando que só unificando as categorias será possível reverter as demissões massivas que as patronais e os governos estão preparando frente à crise econômica que está instalada em nosso país. Com uma forte delegação de professores grevistas, que há mais de um mês lutam para que o Governo Alckmin negocie, a faixa do comando foi clara: “Uma só classe, uma só luta”.




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