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LIBERDADE IMEDIATA | Assange foi preso na embaixada do Equador em Londres

O fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, foi detido esta quinta-feira na embaixada do Equador em Londres, segundo informou um porta-voz da Scotland Yard.

quinta-feira 11 de abril de 2019 | Edição do dia

Segundo o portal WikiLeaks, do qual Assange é fundador, foi arrastado sob pedido de extradição dos Estados Unidos sob a acusação de conspiração.

A detenção de Assange nesta quinta foi posta em prática logo após que o presidente do Equador, Lenin Moreno, retirou o status de "asilo diplomático" de que desfrutava e que havia sido outorgado pelo ex-presidente Rafael Correa para evitar sua prisão e extradição aos Estados Unidos pelo vazamento massivo de dados através da plataforma Wikileaks.

O argumento de Moreno foi que o fundador do Wikileaks havia violado "reiteradamente convenções internacionais e protocolo de convivência".

Se bem Assange se refugiou em 2012 na embaixada equatoriana para evitar ser extraditado a Suécia, onde era reclamado por casos de delitos sexuais, a justiça do país nórdico havia encerrado o caso em maio de 2017.

Apesar de que a acusação original não pesava contra Assange, a polícia britânica havia comunicado desde o ano passado que o deteria se pusesse um pé fora da embaixada, dado que "devia responder por não haver se apresentado diante de um juiz britânico", pela acusação original.

Assange declarou que se negava a deixar a embaixada já que se encontrava em meio a uma batalha política e diplomática interncional, e temia que a Suécia o enviasse aos Estados Unidos, aonde poderia enfrentar uma longa pena de prisão pelos milhares de vazamentos feitos por seu portal sobre o Governo norte-americano. Já com a investigação sueca encerrada, hoje é diretamente a Grã Bretanha quem poderia decidir sobre a extradição de Assange aos Estados Unidos.

Dentro dos dados vazados pelo Wikileaks se encontravam os quase 400 mil documentos que conformaram os "papéis de Iraque" e que mostraram a política de assassinatos e torturas dos exércitos imperialistas de ocupação, confirmando que todo o que ocorria sob absoluto conhecimento do Pentágono, que recebeu cada uma dessas informações.

A plataforma Wikileaks emitiu um comunicado a partir de sua conta oficial no qual denuncia a medida tomada por Lenin Moreno por ser uma "violação do direito internacional".

A decisão de Lenin Moreno não é nem mais nem menos que a legitimação para que se viole a soberania equatoriana em sua embaixada no Reino Unido ao permitir o ingresso da polícia para deter Assange. Trata-se de uma decisão tomada por Moreno com o objetivo de se alinhar com o imperialismo estadunidense, que pedia a extradição de Assange para ser julgado no país.

É necessário exigir a imediata liberação de Julian Assange e Chelsea Manning, assim como repudiar e reprovar esta decisão de Lenin Moreno e a prisão pela Polícia britânica, ou qualquer tentativa de que seja deportado aos Estados Unidos.




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