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As previsões para a economia brasileira em meio ao retorno da luta de classes

Ricardo Sanchez

As previsões para a economia brasileira em meio ao retorno da luta de classes

Ricardo Sanchez

As promessas de Guedes e Bolsonaro de que a economia vai deslanchar são verdadeiras ou são mentiras? Se a economia deslanchasse como prometem, o reacionário presidente poderia ter um ponto de apoio em seu crescente desgaste político, isolamento internacional e institucional? Ou, ao contrário, há tendência de estagnação ou piora na economia? Como os ventos da luta de classes podem tocar o país e sua economia?

Depois de dois anos crescendo 1,1%, o prognóstico atual de crescimento do PIB brasileiro é de 0,91%. Para o ano que vem, os economistas dos maiores bancos e fundos de investimento no país preveem 2%, segundo informa o último Boletim Focus do Banco Central, de 25/10.

Com esse resultado ainda faltará muito para recuperar o terreno perdido desde o início da recessão e isso é brutalmente visível pela quantidade de pessoas sobrevivendo da venda de produtos nos trens das metrópoles, pedalando sob sol e chuva, explorados por aplicativos; também é visível pelas taxas de desemprego que, mesmo que caiam levemente, se mantêm em 11,8%, deixando a ver navios 12,5milhões de brasileiros. A renda está estagnada, até mesmo a compra de alimentos estagnou ou caiu durante alguns meses de 2019. A melhoria que Guedes comemora e que a Bovespa festeja está muito longe da construção de uma melhora continuada que dê bases ampliadas e estabilidade ao governo de extrema-direita.

O tão esperado e prometido crescimento estaria por vir, como dizem? De onde viria o crescimento econômico prometido por Guedes e Bolsonaro?

A imensa maioria dos analistas burgueses brasileiros sobre a economia não trabalha com um cenário de imediatos impactos externos recessivos, nomeiam essas possibilidades nas análises, mas não nas contas e previsões que fazem. O FMI prevê que o ano de 2020 será marcado por uma inflexão recessiva. Ou seja, o grande órgão transnacional das finanças trabalha com uma razoável probabilidade de uma global desaceleração no crescimento, não necessariamente uma recessão global propriamente dita, “só” uma recessão em várias das maiores economias.

O mainstream econômico prevê dificuldades, desafios, mas, mesmo assim, em meio a um mundo que desacelerará o Brasil o crescimento poderá duplicar de 2019 a 2020. Uma multiplicidade de fatores nacionais e internacionais, como a guerra comercial EUA-China, o retorno da luta de classes em variados países, a piora na crise argentina (nosso terceiro maior parceiro comercial e do qual dependem muitos empregos na indústria), os impactos recessivos mundiais do Brexit, entre várias outras possíveis variáveis negativas, não deveriam ocorrer, segundo essa previsão, ou seus impactos serão minimizados, de acordo com essas contas esperançosas. Trabalhemos com o cenário deles: poderiam os fatores atualmente em curso, os mesmos que permitiram que o país ficasse estagnado, mas não em recessão, levar a “deslanchar o crescimento”? De onde esse crescimento viria?

A mentira do fluxo de capital estrangeiro

O crescimento virá do investimento externo e da retomada do consumo agora que há um governo que “recupera a credibilidade do país”, repetem todos os dias Guedes e Bolsonaro. Macri prometeu o mesmo na Argentina. E ninguém viu sua prometida “chuva de investimentos”, o que se viu lá foi aumento da inflação, da pobreza, do desemprego e um salto na subordinação ao FMI. Nas urnas, distorcidamente, os argentinos expressaram seu repúdio ao programa liberal do amigo de Bolsonaro e parceiro em ser capacho de Trump.

Ligue a TV na GloboNews e você se dará conta que não faltam analistas que repetem como matracas o mesmo mantra – hoje de Guedes, ontem de Macri. É só ver alguma manchete econômica nos grandes jornais e lá estará o mesmo vídeo em replay. Porém, quando os banqueiros estão fazendo análises sérias, com impactos para seus próprios negócios, não se iludem e não repetem a mentira.

O Boletim Focus, feito com a média das projeções de mais de cem economistas-chefe dos maiores bancos e fundos de investimento no país, prevê que nesse ano o investimento estrangeiro será de US$ 80,35 bilhões, ano que vem de 80 bilhões, em 2021, de 83,2 bilhões e, finalmente, em 2022, cairia para 81,4 bilhões. Esse valor atual representa um crescimento importante em relação à média de U$$65 bilhões entre 2013 e 2017, mas não é suficiente para deslanchar o crescimento.

Onde está o aumento do fluxo que prometeram? Todo o melhor cenário projetado será exatamente igual ao de 2019, é essa a melhora? Mesmo com a brutal entrega de recursos nacionais com o megaleilão do pré-sal previsto para 6/11, mesmo com um sem-fim de estatais entregues a preço de banana, os banqueiros que entregam suas previsões ao Banco Central não preveem nenhum (!) aumento no fluxo de capital estrangeiro.

Suponhamos que viessem esses recursos imaginários na quantidade mágica prometida pelo Chicago Boy, para onde eles iriam?

Sabe-se que boa parte flui para a dívida pública, rentável mecanismo de pilhagem e subordinação do país, que mesmo com taxas decrescentes ainda paga muito mais do que nos EUA, Japão ou Alemanha, e quando sobra um pouquinho de recursos esse dinheiro vai para comprar empresas existentes, gerando capitalização, certo fluxo de caixa e, importante frisar, para “reestruturações produtivas”. Em português claro, leia-se: fechamento de unidades, fábricas, demissões.

Raras vezes os “investimentos estrangeiros” são investimentos produtivos. Trata-se, normalmente, de rapina, pilhagem, extensão de monopólios. No jargão econômico, as compras de unidades e empresas existentes são “brownfield” e os investimentos novos são “greenfield”. O último “Boletim de Investimento Estrangeiro” do Ministério da Economia dá conta que 86% dos “investimentos” são “brownfield”.

Ou seja, mesmo se o conto de Guedes e Bolsonaro virasse realidade e viessem grandes recursos externos (o que os banqueiros duvidam, só ver o Boletim Focus citado anteriormente), estes resultariam somente em um salto pilhagem. O investimento estrangeiro tem um efeito “neutro” ou só ligeiramente positivo. Sua ausência geraria pressões cambiais, inflacionárias e, possivelmente, quebra de algumas empresas, mas sua presença não “deslancha” nada. O aumento de US$ 65 bilhões para US$ 80 bilhões no investimento estrangeiro pode ter sido um dos fatores contra-tendenciais dos últimos anos, que impediu que o país entrasse em nova recessão, mas não pode ter um efeito diferente do que ele é, um capital investido em rentismo com a dívida e com compra do existente.

O consumo pode suplantar as contradições de vários ramos da economia?

A outra parte da previsão otimista se baseia no aumento do consumo. A Confederação Nacional do Comércio, entidade patronal do atacado e varejo, projeta o PIB nacional de 2019 em 0,9%, quase idêntico aos banqueiros do boletim Focus, para isso o sindicato patronal de gente do ramo do Luciano Hang projeta que o “consumo das famílias” crescerá 2,0% no ano de 2019.

Esse componente do PIB balanceia repetidas estimativas de perdas na indústria, estabilidade no comércio exterior (a projeção do BC é de queda de 0,5% no ano) e estabilidade ou queda no “consumo do governo”, que está efetuando uma série de corte de gastos e promete aumentar esses cortes com as anunciadas “reforma administrativa” e “PEC de emergência”.

Nos próximos anos, há expectativa de algum desses componentes “deslanchar”?

De parte do comércio mundial não há expectativas de importante aumento no fluxo de venda de mercadorias, pelo contrário. Com a crise argentina e a guerra comercial EUA-China, o sinal internacional é negativo para o Brasil. Isso sem falar que as commodities, que são a principal mercadoria de exportação brasileira (soja, petróleo e minério de ferro, em ordem de importância), apresentam uma tendência de médio prazo de desvalorização em seu preço. Há tendência de que sejam piores os “termos de troca”, ou seja, que o Brasil consiga comprar menos coisas, investir menos, mesmo que aumente sua venda de petróleo, soja e ferro.

O cenário é ainda mais complexo. Por um lado, está prevista uma queda no preço da soja com o fim do embargo chinês a oleaginosa americana, e, por outro, um expressivo aumento do roubo do petróleo brasileiro (aumento da produção de 4% este ano e de 7% ao ano a partir de 2020, segundo a ANP). Mesmo que o preço tenda a ficar estável no curto prazo, há tendência de queda no longo prazo, dado o continuado aumento da produção americana e brasileira, e tendência decrescente no consumo. Essa combinação de queda de preço e aumento da produção não parece suficiente para “deslanchar” a economia, mas meramente como uma contratendência que impede a recessão, pode trazer resultados positivos regionalmente, mas nenhum “deslanchar econômico”, ainda mais quando há piora dos “termos de troca”.

Essa realidade da América Latina é um dos fatores que coloca combustível à crise chilena e coloca maiores dificuldades para as diferentes burguesias em lidar com um novo ciclo da luta de classes no continente, sem um boom de consumo chinês aumentando volumes e preços das commodities e com esses recursos tentar atenuar as contradições econômicas e sociais. Essa análise está muito mais desenvolvida em artigo de Pablo Anino no suplemento Ideas de Izquierda da rede internacional La Izquierda Diario.

Se não é do comércio exterior, está claro que não pode ser da indústria a “retomada do crescimento”. Esse setor está com uma imensa capacidade ociosa, utilizando somente 79,10% da capacidade, segundo a Confederação Nacional da Indústria, mais de 5% abaixo do que era utilizado nos picos de 2008 e 2011. Ou seja, a indústria pode produzir muito mais sem precisar de novas máquinas e gerando poucos ou quase nenhum emprego.

Também não será de parte de gastos do governo esse “boom”. Os cortes de gastos já efetuados pressionam de forma negativa, e Guedes e outros planejam mais cortes. A própria reforma da previdência, vendida como fonte de crescimento, pode se mostrar como seu contrário. Esse brutal ataque levou a reduzir o valor das aposentadorias dos novos aposentados – com uma aposentadoria menor na mão, como é que pode aumentar o consumo? Não à toa, há estudo da UFMG que calcula um relevante impacto recessivo dessa reforma. Para se aprofundar nessa pesquisa e um panorama do impacto recessivo da reforma ver “Manchete vs letras miúdas: a mentira do renascimento econômico com a Reforma da Previdência.

Na contramão desses fatores pró-recessivos, a liberação de recursos do FGTS e algum incentivo à contratação de jovens sem que as empresas precisem pagar FGTS (o governo que gastaria) podem elevar levemente o consumo e o PIB e, assim, atuar como contratendência à recessão, mas não como fator de “boom”.

O Banco Central estima que a liberação do FGTS pode gerar um impacto positivo de 0,35% do PIB, e uma consultaria utilizada pela Veja é mais otimista, fala em 0,55%. Esses impactos podem fazer um pífio PIB de 0,9% ir para algo como 1,4%, isso pode servir para produzir manchetes, mas está muito longe de ser um “deslanchar” da economia.

Pode vir do somatório de FGTS e crédito esse boom?

Com a redução dos juros, há estimativas de crescimento no crédito Esse crédito pode gerar algum impacto positivo no “consumo das famílias” e de um setor que pode levar a alguma relativa melhoria no desemprego: a construção civil. Isso é suficiente para manchetes tão otimistas?

A construção civil foi dizimada pela Lava Jato e pela crise, e este setor foi responsável por 4,5% do PIB em 2018, ele acumula uma queda de 27,7% desde 2013. Como indício do crescimento desse setor, o sindicato patronal do cimento marca um aumento de 2,8% de setembro de 2018 a setembro deste ano. Mas, depois de anos seguidos de queda, esse nível de vendas ainda é menor do que o acumulado nos deprimidos anos de 2016 a 2017. Supondo um espetacular crescimento de 10% ao ano, isso resultaria em um impacto positivo de 0,45% do PIB, algo da ordem da liberação do FGTS.

Há um imenso espaço para recuperação do terreno perdido, mas com tamanho desemprego é reduzida a possibilidade de expansão para consumir novas casas e prédios.

Há contratendências à recessão em curso. Esses fatores, se não forem desafiados pela tendência recessiva mundial, se não sofrerem desafios da luta de classes internacional e nacionalmente podem seguir operando, funcionando numa margem parecida ou relativamente maior que a atual, mas disto até o “deslanchar da economia” há uma boa distância.

Os analistas pessimistas do crescimento pífio e a janela de oportunidade para atacar a classe trabalhadora

Dia a dia cresce no noticiário econômico o espaço de um ou outro analista menos eufórico do que Guedes, Bolsonaro e os corretores da Bolsa de Valores. Dizem eles algo do tipo “o país teve extensão da terceirização, reforma trabalhista, teto dos gastos com saúde e educação, reforma da previdência, mas está preso em um crescimento pífio, em um voo de galinha.”

Entre os que fazem essa constatação há, grosso modo, duas interpretações. Aqueles que julgam que o crescimento é pífio, porque os cortes de gastos foram pequenos, as reformas, privatizações e ataques foram tímidos (como faz Gustavo Franco, Zeina Latiff e vários outros financistas), e outros que mesmo oriundos da mais alta estirpe neoliberal, defensores de medidas comuns com os primeiros de novos ataques para enfrentar a crise fiscal, atacar os direitos trabalhistas para aumentar os lucros, constatam que essas medidas são insuficientes se não for feito algo para reduzir drasticamente o desemprego e a desigualdade (como escrevem Armínio Fraga, Monica de Bolle no outro lado dos pesos pesados neoliberais).

Dos dois lados do debate do “crescimento pífio”, há crescente incorporação da preocupação com a luta de classes, com o consentimento, com a interação entre luta de classes e economia.

Gustavo Franco, um dos “pais” do Plano Real, é taxativo em artigo recente no Estadão ou se desperta o demônio da luta de classes ou é necessário se conformar com crescimento pífio. Seu diagnóstico pouco otimista fundamenta sua política favorável a uma “destruição criadora”, ter muito mais conflito (de classe – e aqui cabe explicitar o que ele não explicita): “O Brasil ficou muito complicado para reformas com aquele jeitão de vendaval modernizante, tipo começo da República, geralmente descritas como “destruição criadora”. Veja-se a Revolta da Vacina, ou a luta de Antonio Conselheiro [...]. Não vamos ter nada disso novamente. Mesmo com respeito às causas perdidas, é forte a nossa predileção pela conciliação. [...] A economia não espera.”

Zeina Latiff, economista-chefe da gigante XP Investimentos, argumentou no mesmo tradicional e conservador diário paulista que há chance do PIB do ano que vem finalmente bater com as previsões que ela e outros banqueiros fazem no Boletim Focus, mas que seria necessário aprofundar os ataques, e rápido: “Evitar o ‘voo de galinha’ dependerá do avanço de reformas. Valem alertas. Primeiro, não sabemos ao certo o tamanho da ociosidade da economia. Talvez ela seja de baixa qualidade, com máquinas obsoletas e mão de obra despreparada. Segundo, a janela reformista parece estar se estreitando e o governo está atrasado em muitos temas. Não podemos desperdiçar a recuperação em curso. Que ela seja um fator a acelerar as reformas, e não a gerar acomodação, algo, infelizmente, frequente em nossa história. É preciso trabalho para que não seja apenas uma brisa.

A janela de oportunidades está se fechando. Na economia mundial. Na luta de classes. Eis a sombra a atormentar os gigantes neoliberais citados.

É a luta de classes, estúpido

James Carville, assessor de Bill Clinton na eleição de 1992 cunhou o chavão “é a economia, estúpido.” Segundo o chavão, governantes em economias em recessão ou estagnando perdem. Simples, matemático, quase automático. Eram tempos de restauração capitalista no leste e ofensiva neoliberal mundo à fora. Vivia-se sob a máxima de Margareth Thatcher: “não há alternativa”.

Tente-se explicar com o determinismo de Carville: como os democratas perderam para Trump justamente quando começava a recuperação da economia americana da crise de 2008? Ou, ainda, como o Chile tão elogiado pelos capitalistas de nosso continente explodiu em meio a crescimento econômico?

A economia se mostra crescentemente pelo que ela é e não pelo que querem que vejamos. Escancaram-se as relações sociais, as decisões políticas, as correlações de força entre as classes sociais, e nesse conflito permite-se colocar interrogações sobre a continuidade da barbárie social e ambiental do capitalismo ou sua superação.

O fetiche de uma suposta objetividade matemática e infalibilidade dos modelos econômicos liberais e neoliberais navegou por muitos anos até se chocar com o rochedo da realidade: a crise de 2008, a redução de juros não aumenta a demanda proporcionalmente, o crescimento do PIB não gera distribuição de renda, os cortes em direitos e salários e os avanços tecnológicos não estão gerando aumento na produtividade do trabalho, o aumento dos lucros não gera proporcional aumento no investimento. E, horror dos horrores, todo o receituário “clássico” tem gerado instabilidades na política e na luta de classes.

Um dos maiores bilionários do mundo, Warren Buffet, foi muito franco em uma entrevista no hoje longínquo ano de 2011: “realmente tem ocorrido uma guerra de classes nos últimos 20 anos, e minha classe venceu.” O mesmo bilionário é um dos bilionários signatários de manifesto a favor de maiores impostos aos super-ricos. O que o fez encontrar a luz da conciliação nos últimos 8 anos? É a luta de classes, estúpido.

Está claro que o capitalismo está oferecendo cada vez maior desigualdade, maior exploração e destruição, frente a isso, há duas respostas: a de Gustavo Franco clamando por mais guerra e a de Buffet, de oferecer módicos sacríficos aos capitalistas em troca de tentar apaziguar o demônio da luta de classes. E no Brasil cresce a mesma divisão, incerteza.

É assim que não poucos acadêmicos da mais alta linhagem e trajetória neoliberal se fizeram críticos como o mundialmente famoso Piketty da França, e aqui, umas criadoras do Plano Real, Mônica de Bolle, tradutora do best-seller do francês e introdutora no debate acadêmico brasileiro do nada alvissareiro conceito americano de “estagnação secular”. De Bolle prevê um período indeterminado (anos, décadas) de estagnação ou crescimento medíocre do Brasil.

A inquietação burguesa em busca de programas não mais para salvar o crescimento capitalista, mas para gerir a guerra de classes é um sinal dos tempos. Eles incluem não somente Trump e Bolsonaro, mas uma maioria da juventude dos EUA simpáticas ao socialismo, inclui nosso vizinho Chile. A luta de classes voltou. Com ela ressurgem propostas de mais aberta guerra de classes, mas também de sua conciliação para salvar os próprios capitalistas da barbárie social e ambiental que eles mesmo engendraram.

Nessa guerra, cada vez mais visível, o Brasil, graças a algumas contratendências, pode não rumar a nenhuma catástrofe imediata, nem muito menos rumar a um crescimento expressivo e sustentado. Nesse intervalo de tempo e perspectivas que não tendem a gerar nem medo nem consentimento, é possível, mas também necessário, oferecer com maior audácia uma resposta que tenha a brutalidade de Buffet e inverta sua proposição: na guerra de classes, nossa classe precisa vencer.


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