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MEIO AMBIENTE | Às portas do governo Bolsonaro, desmatamento na Amazônia aumenta assustadores 406% no mês de novembro

Internacionalmente os setores ligados à proteção do meio ambiente vêm manifestando preocupação com a proteção ambiental no governo Bolsonaro, totalmente vinculado ao agronegócio. O alarme soa ainda mais alto, após a divulgação do relatória da organização Imazon que apontou o aumento de 406% no período de agosto e novembro em relação ao ano passado.

quarta-feira 9 de janeiro de 2019 | Edição do dia

Segundo dados divulgados hoje pelo Imazon, que divulga mensalmente os relatórios do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), de agosto a novembro de 2018 a Amazônia perdeu 287 quilômetros quadrados de florestas. O número aponta um aumento escandaloso de 406%, comparando-se ao mesmo período do ano anterior. Neste período o desmatamento somou 57 quilômetros quadrados.

As áreas mais devastadas encontram-se principalmente no nordeste do estado do Pará, na região da Terra do Meio. No oeste verificou-se grande concentração de alertas na região da Calha Norte, área esta que inclusive concentra o maior bloco de florestas protegidas do mundo todo.

E justamente diante de um quadro tão alarmante, Bolsonaro em suas idas e vindas no sentido de extinguir ou manter o ministério do Meio Ambiente, nomeou para este Ricardo Salles, ex-secretário de Alckmin, que carrega consigo na bagagem uma condenação por improbidade administrativa por favorecer mineradores.

Salles e seu pseudo ministério, aliados ao grotesco ministério da Agricultura sob o comando de Tereza Cristina (DEM), ex-presidente da bancada ruralista, são peças estratégicas para, obviamente, aprofundar ainda mais o desmatamento e dar total aval para que os ruralistas e latifundiários encham cada vez mais seus próprios cofres e expandam sua rede de exploração.

Verificou-se nos relatórios que 53% do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante foi em assentamentos (37%), Terras Indígenas (5%) e Unidades de Conservação (4%). Das 10 áreas protegidas com maior pressão, seis estão no Pará, como é o caso da Área de Preservação Ambiental Triunfo do Xingu e da Floresta Nacional do Jamanxim. A Reserva Chico Mendes, no Estado do Acre, registrou o segundo maior número de alertas de desmatamentos em novembro de 2018.

Agora Bolsonaro e sua corja unem forças para mais esse ataque contra os recursos naturais do país ao invés de investir em medidas de preservação ambiental e promover políticas públicas que rumem na direção de demarcação de terras para os povos indígenas e quilombolas da região. Estes que aliás, também já estão sentindo na pele os ataques do novo governo, que já deixa claro à que veio também contra os índios e quilombolas, suas terras e sua cultura.




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