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As fake news que elegeram Bolsonaro e o TSE manipulador

Ministra Rosa Weber diz que TSE sai fortalecido no combate as fake news.

terça-feira 30 de outubro de 2018 | Edição do dia

Inegavelmente um dos principais fatores que puderam garantir a vitória de Bolsonaro nas eleições manipuladas foi o papel que cumpriu o Poder Judiciário que agiu em diversos momentos, desde o início do ano, primeiro decretando a prisão de Lula, julgando sua inelegibilidade quando este tinha cerca de 40% de intenções de votos, cancelando cerca de 3 milhões de títulos de eleitores e na última semana permitindo que o escândalo de caixa 2 que foi utilizado no impulsionamento de fake news via WhatsApp favorecendo a campanha de Bolsonaro, isso pra citar apenas alguns exemplos.

Como bem disse Rosa Weber, presidente do TSE, não deviam criar “marola” no processo de manipulação que já estava em curso há tanto tempo.

Questionada sobre o caso das fake news durante as eleições a ministra declarou: “Essa pergunta me permite afirmar, com a maior serenidade, que a Justiça Eleitoral está saindo muito maior destas eleições. Em absoluto estamos saindo derrotados, saímos vencedores. Não houve um problema que não mereceu nossa atenção. Não houve uma intercorrência que não fosse encaminhada"

As declarações da presidente do TSE, após os resultados eleitorais dizendo que saíram vencedores no combate as fake news soam quase como piada. As medidas tomadas pelo TSE garantiram que Bolsonaro pudesse ser eleito ao mesmo tempo que estabelecem uma espécie de chantagem ao deixar no ar a possibilidade de sua candidatura ser caçada, uma investigação a longo prazo que serve como uma carta na manga dos empresários e capitalistas caso seu plano de descarregar a crise sobre os trabalhadores não seja devidamente implementado pelo novo eleito.

A grande vitória nesse processo eleitoral, longe de ser o combate as fake news, foi sim a reafirmação do judiciário como uma das ferramentas do Estado para determinar o projeto e os rumos do país, um plano que envolve a subordinação ao imperialismo e ao capital internacional, privatização das estatais e entrega dos recursos do país. Jair Bolsonaro foi o escolhido pela burguesia para levar a frente este projeto. E contou com o judiciário, fortalecido desde a Lava-jato, para através das mais variadas manobras chegar à presidência.




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