A queda de 15 pontos percentuais da aprovação do governo Bolsonaro desde janeiro à março mostra um progressivo descontentamento da população no 1º mandato de seu governo. Longe de romper com a “lua de mel” entre o presidente e a população brasileira, os números mostram que o povo brasileiro não deu um “cheque em branco” e que essa oscilação será um fator importante para aprovação da reforma da Previdência.
quarta-feira 20 de março de 2019 | Edição do dia
O índice de aprovação do governo Bolsonaro caiu de 49% para 34%, computando uma queda de 15 pontos desde janeiro até março, comparativamente o índice de aprovação é inferior ao de FHC, Lula e Dilma no mesmo período e no primeiro mandato. O ibope divulgou hoje (20), números referentes a aprovação, reprovação, confiança e maneira de governar do presidente Bolsonaro.
A reprovação ao governo subiu de 11% para 24%, 51% dos entrevistados aprovam sua maneira de governar, 44% não confiam em seu governo e 34% opinam que o governo é ótimo/bom, 34% acreditam que ele seja regular e 24% acreditam o governo Bolsonaro seja ruim ou péssimo.
A queda de ponto percentuais da aprovação de Bolsonaro não representa o fim da “lua de mel” dele com as massas, no entanto as batalhas decisivas da luta de classes ainda não chegaram e a reforma da Previdência ainda percorre as mãos de parlamentares no congresso em diálogo numa negociação com o governo, naquela velha política de concessões entre Executivo e Legislativo, o conhecido “toma lá da cá”. Certamente, essa queda percentual aponta para um progressivo descontentamento das massas que ainda não mudou a correlação de forças, mas que deixa claro que Bolsonaro não ganhou um “cheque em branco” pra decidir os rumos do país.
