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AMAZÔNIA | Apesar do aumento de crimes ambientais, cai o número de multas no governo Bolsonaro

Na última sexta-feira, 23, foram divulgados dados que demonstram como, apesar do aumento do número de focos de incêndio e desmatamento na flora brasileira neste ano de 2019, o número de multas e infrações ambientais do Ibama diminuíram drasticamente.

quarta-feira 28 de agosto de 2019 | Edição do dia

Na última sexta-feira, 23, foram divulgados dados sobre a questão ambiental que demonstram que até agosto de 2019, houve 72,8 mil focos de incêndio no país, conforme informado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o que corresponde a um aumento de 83% em relação ao mesmo período no ano passado.

Curiosamente, ao mesmo tempo em que há este aumento assombroso nas infrações ambientais, o Ibama diminuiu em 29,4% as multas (os dados são públicos e fornecidos pelo próprio Ibama e podem ser checados aqui). Segundo levantamento feito pela BBC News Brasil, o Ibama além de aplicar menos multas no geral, a queda é ainda maior quando se trata de crimes como queimadas e desmatamento ilegal na Amazônia.

Segundo servidores, ex-servidores e ambientalistas, esta queda no número de multas estaria ligada às declarações constantes de Bolsonaro desde sua campanha eleitoral sobre sua posição contrária aos supostos “excessos na fiscalização” das áreas ambientais (da fauna e flora). Além disso, ao longo destes primeiros meses do governo Bolsonaro, houveram muitas trocas de profissionais em postos-chave do Ibama.

Após as queimadas que chamaram atenção do mundo inteiro para a gravidade da situação ambiental na Amazônia e as políticas brasileiras quanto a isto, o governo Bolsonaro esteve em saia justa e fez declarações demagógicas, dizendo que "Somos um governo de tolerância zero com a criminalidade, e na área ambiental não será diferente". Na realidade, não é novidade para ninguém o que Bolsonaro e todo seu governo reacionário pensam sobre a questão ambiental e a preservação da natureza, com suas pautas e propostas absurdas de ataque à fauna, flora e populações indígena e quilombolas.

Fica evidente como na verdade existe tolerância zero do governo Bolsonaro com os trabalhadores e o povo pobre, com os negros, indígenas e quilombolas, perseguindo e arrancando direitos. A diminuição das multas é somente uma prova a mais de qual lado o governo está, de como Bolsonaro compactua e protege a sede de lucro capitalista dos latifundiários e grandes fazendeiros do agronegócio, as mineradoras e empresários que exploram criminosamente a natureza.




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